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Além de Aécio, outros três viram réus em processo de propina da J&F

Ex-senador foi flagrado em 2017 pedindo R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista e vai responder por corrupção passiva e obstrução de Justiça

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Aécio foi flagrado em ligação para Joesley em 2017
Aécio foi flagrado em ligação para Joesley em 2017 Aécio foi flagrado em ligação para Joesley em 2017

Além de ter aceitado denúncia contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), a Justiça Federal em São Paulo também abriu ação contra outras três pessoas no processo em que o tucano é acusado de ter recebido R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da J&F.

Também viraram réus a irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar do ex-senador Zezé Perrella (MDB-MG), Mendherson Souza Lima. A decisão é do juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, João Batista Gonçalves, que determinou a citação dos réus para oferecerem resposta à acusação.

Em 2017, Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões para Joesley em troca de favores políticos. A remessa do valor foi feita em malas de dinheiro, que foram filmadas pela força-tarefa da Lava Jato.

O deputado alega se tratar de uma solicitação de cunho pessoal, para custear a despesas com advogados. Em 12 de março, o STF determinou o bloqueio de bens de Aécio e Andrea no valor de R$ 1,7 milhão para cada um, justamente para cobrir despesas de multas em caso de condenação, no fim da tramitação do processo.

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Em março deste ano, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, negou o recurso do tucano e determinou o envio do processo para primeira instância da Justiça Federal em São Paulo. 

Na decisão, Barroso levou em consideração a nova regra do foro privilegiado, segundo a qual só permaneceram no STF investigações sobre fatos relativos o mandato atual da autoridade. Como o tucano foi eleito deputado federal em 2018 e, na época dos fatos, ele era senador, o caso aberto a partir da delação do grupo empresarial não deve ser julgado pelo STF.

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"Atualmente, o embargante já não ocupa mais o cargo de senador da República, pois seu mandato se encerrou em dezembro passado. Ainda que tenha sido eleito Deputado Federal, trata-se de cargo distinto que, de acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal, não justifica a permanência do foro diferenciado", afirmou Barroso, no acórdão.

Ainda segundo o ministro, o recurso do tucano era para retardar o andamento do processo. "No caso concreto, como se trata de mera repetição de argumentos já apreciados, os embargos não devem ser sequer conhecidos. E, mais, ante o caráter manifestamente protelatório e infundado do recurso, deve ser certificada a preclusão da decisão, independentemente de publicação do acórdão"

Em nota, o advogado de Aécio Neves afirmou nesta sexta-feira (5) que "Não há nenhum fato novo. Trata-se apenas do declínio de competência que transferiu a denúncia aceita pela 1ª. Turma do STF para a Justiça Federal de SP. Decisão que a defesa do deputado considera correta. A partir de agora as investigações demonstrarão de forma clara que o deputado Aécio Neves foi, na verdade, vítima de uma ação criminosa do Sr. Joesley Batista em parceria com o ex- procurador investigado Marcelo Miller e outros atores que as investigações irão apontar. Ao final restará provada a absoluta correção dos atos do deputado e de seus familiares."

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