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Aliado de Aécio tem R$ 5,6 milhões bloqueados após delação de Joesley 

Ex-secretário de Governo de Minas Gerais por 16 anos, Danilo de Castro, é investigado suspeito de atuar em favor dos interesses da JBS

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Danilo de Castro foi secretário de Aécio e Anastasia
Danilo de Castro foi secretário de Aécio e Anastasia Danilo de Castro foi secretário de Aécio e Anastasia

A Justiça Federal em São Paulo determinou bloqueio de R$ 5,6 milhões em bens do ex-deputado federal Danilo de Castro (PSDB-MG), por supostamente ter atuado em favor dos interesses do empresário Joesley Batista, da JBS.

Homem forte do PSDB de Minas, Castro foi secretário de Governo durante as gestões de Aécio Neves e Antonio Anastasia no Governo de Minas Gerais. 

Além de Danilo Castro, outras 20 pessoas físicas e jurídicas, incluindo o deputado federal Aécio Neves (PSDB), são investigadas pela operação Ross, da Polícia Federal, desencadeada a partir da delação premiada de Joesley Batista. Todos eles tiveram os bens bloqueados e estão sendo investigados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro

A decisão, do juiz federal João Batista Gonçalves, é a mesma que determinou nesta quarta-feira (29) o bloqueio de bens de Aécio no valor de até R$ 128 milhões. No despacho, o magistrado diz que Danilo de Castro foi indicado por Aécio, em 2014, "para tratar diretamente de pedidos de restituição de créditos de ICMS no valor de R$ 24 milhões em favor de empresas ligadas ao grupo J&F."

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Ainda segundo a investigação, Castro teria se reunido com ex-executivos da JBS, Ricardo Saud e Valdir Aparecido Boni para tratar do assunto. Conforme a investigação, foi confirmada a transferência de créditos de R$ 5,6 milhões para pessoa jurídica de V & M do Brasil S.A, em agosto de 2014, correspondendo a parte do que teria sido solicitado pela J&F.

Resposta

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Em nota, o ex-deputado federal Danilo de Castro diz que em seus 40 anos de vida pública sempre se pautou "pelo mais absoluto respeito à coisa pública e às leis". 

"Por isso, causa-me grande espanto a notícia dos bloqueios dos meus bens, na medida em que: (a) os fatos em apuração dizem respeito a questões que sequer faziam parte das minhas atribuições como secretário de Estado; (b) em momento algum cogita-se que eu teria recebido um centavo ilícito sequer e (c) meus bens foram adquiridos em razão de muito trabalho e devidamente declarados conforme a lei.

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Por fim, reitero que estou à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários e que tomarei as medidas legais cabíveis contra essa injusta decisão."

Em nota divulgada nesta quarta, o advogado de Aécio declarou que "considera inusitada e incompreensível a determinação de bloqueio das contas pessoais do deputado Aécio Neves e já apresentou recurso contra ela."

Confira a nota:

"A defesa considera inusitada e incompreensível a determinação de bloqueio das contas pessoais do deputado Aécio Neves e já apresentou recurso contra ela.

Primeiro porque os valores referem-se, na sua grande maioria, segundo os próprios delatores, a doações eleitorais feitas pela JBS a diversos partidos políticos em 2014. Doações, inclusive, declaradas ao TSE.

Depois, o destino final desses recursos comprovadamente foram os diferentes partidos políticos da coligação do PSDB. Nunca houve sequer uma acusação de que o deputado Aécio tenha se beneficiado pessoalmente de nenhum centavo.

Registre-se que os aventados R$ 128 milhões nunca entraram, saíram ou transitaram nas contas do deputado, que, ao longo dos anos, não chegou a ter como saldo, entre conta bancária e aplicação financeira, sequer 1% de tal valor.

Por fim, a defesa reafirma a falsidade das acusações feitas pelos delatores da JBS na busca desesperada pela validação de seu acordo de delação e aguarda a conclusão das investigações para o restabelecimento da verdade."

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