Minas Gerais Atirador que matou duas pessoas em BH após vitória de Lula vai responder por homicídio

Atirador que matou duas pessoas em BH após vitória de Lula vai responder por homicídio

Denúncia diz que o denunciado estava insatisfeito com o resultado das eleições e resolveu "caçar" apoiadores do candidato vitorioso

  • Minas Gerais | Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Luana Rafaela, de 12 anos, e Pedro Henrique Dias, de 28, são as vítimas

Luana Rafaela, de 12 anos, e Pedro Henrique Dias, de 28, são as vítimas

Reprodução/ Record TV Minas

A Justiça em Belo Horizonte aceitou denúncia contra Ruan Nilton da Luz, que atirou e matou uma criança de 12 anos e um homem de 28 anos após o resultado das eleições presidenciais. Ele vai responder por homícidio qualificado por motivo torpe.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, o réu agiu com "intenso dolo homicida" no dia 30 de outubro. "Na noite dos fatos, durante as apurações do segundo turno das eleições presidenciais, o denunciado, insatisfeito com o resultado que se apresentava até aquele momento, resolveu munir-se de armas de fogo e sair à caça daqueles que considerava apoiadores do candidato vitorioso", diz trecho da ação penal do MPE.

Ainda conforme o MPE, Ruan Nilton da Luz caminhou até a porta de um bar onde estavam as vítimas Luana Rafaela, uma menina de apenas 12 anos de idade, e Maria Gorete. Ao avistá-las, o denunciado disparou contra elas. Ambas foram atingidas. Luana Rafaela morreu três dias após o disparo, já Maria Gorete foi atingida e sobreviveu.

Logo após os primeiros disparos contra Luana Rafaela e Maria Gorete, o atirador foi até a avenida Tereza Cristina. No local, havia algumas pessoas em confraternização na garagem de uma residência. "Por acreditar que as pessoas que lá estavam eram apoiadoras do candidato vitorioso, o denunciado disparou contra os que estavam lá. Pedro Henrique Dias Soares morreu. As vítimas Alexandra de Paula Dias, Luana Correia Teixeira Campos e Aline Batista Marra foram atingidas por disparos de arma de fogo e sobreviveram".

De acordo com o MPE, "os crimes foram cometidos por um motivo torpe. Ruan Nilton matou e tentou matar porque não concordava com a posição política daqueles que, a seu juízo, seriam apoiadores do candidato vencedor das eleições. Abjeta e repugnante intolerância pela escolha política alheia, fato inaceitável no Estado Democrático de Direito".

Procurada, a advogada Bruna Caroline Costa, que defende Ruan Nilton da Luz, alegou que o cliente teve um surto psicótico.

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