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Bolsonaro não recorre e processo contra agressor é encerrado

Processo transitou em julgado depois que MP e defesa do presidente desistiram de recorrer; Justiça Federal considerou Adélio Bispo inimputável

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Adélio continua preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande
Adélio continua preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande Reprodução Youtube

A decisão que considerou que Adélio Bispo não poderia ser punido pela facada no então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, em setembro do ano passado, é definitiva e não pode mais ser alterada. 

Nesta terça-feira (16), a Justiça Federal em Juiz de Fora, na Zona da Mata, informou que a sentença que apontou que Adélio Bispo tem problemas mentais e, por isso, é inimputável transitou em julgado. 

A decisão foi sacramentada depois que o MPF (Ministério Público Federal) e a defesa de Bolsonaro desistiram de recorrer no processo. Com isso, Adélio Bispo vai ficar internado por tempo indeterminado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde já está preso.

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Em junho deste ano, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal, em Juiz de Fora, declarou que Adélio sofre de transtorno delirante persistente e, portanto, não pode ser punido com a prisão. Ele está preso há 10 meses, desde o ataque contra Bolsonaro durante um ato público de campanha em Juiz de Fora.


Na decisão que apontou a doença mental, o magistrado relatou ter tido dificuldades em encontrar psiquiatras para atuar no processo. De acordo com o juiz, os psiquiatras alegaram diversos motivos para evitar o caso, como a condição especial da vítima e a polarização política no país.

Investigação


A Polícia Federal em Belo Horizonte ainda tenta identificar quem custeou a defesa de Adélio e se existe um mandante por trás do atentado. Nesta segunda-feira (15), a PF interrogou novamente o advogado do agressor, Zanone de Oliveira. Em depoimento, o advogado negou que veículos de comunicação estão bancando seus honorários.

Ele ainda se recusou a entregar, de forma espontânea, o seu aparelho de celular para realização de uma perícia. O equipamento foi apreendido pela PF em dezembro do ano passado, mas o pedido de perícia foi rejeitado pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília, por meio de decisão liminar. A AGU (Advocacia Geral da União) recorreu da decisão.

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