Comerciante é suspeito de matar segurança com soco-inglês em MG
Crime ocorreu após o vigia impedir entrada no camarote de uma festa em Divinópolis; suspeito teria dito que agrediu "porque quis"
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Um comerciante de 32 anos foi preso, neste domingo (26), suspeito de matar o segurança de uma festa agredido com um soco-inglês, em Divinópolis, a 120 km de Belo Horizonte.
Testemunhas relataram à Polícia Civil que o ataque teria ocorrido após Pedro Henrique Lacerda Ferrreira ser impedido de entrar em setores da festa para o qual ele não tinha autorização.
Um dos organizadores do evento também afirmou que o vigia Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, também já havia advertido Ferreira por urinar em local proibido.
Um dos promotores do evento relatou à PM (Polícia Militar) que questionou o suspeito sobre o motivo de ter agredido o segurança e Ferreira teria dito que agiu "porque quis".
No entanto, durante depoimento à Polícia Civil, Pedro Henrique Lacerda Ferreira negou a agressão, conforme explica o delegado Renato Alves da Fonseca.
— Ela nega qualquer tipo de agressão e confirma que estava participando da festa que tinha autorização dos responsáveis para o acesso ao setor de camarote.

Ferreira passou por uma audiência de custódia neste domingo e a Justiça manteve a prisão preventiva do investigado. O caso é investigado pela Polícia Civil como agressão seguida de morte. O delegado responsável pelo caso afirma que nenhuma testemunha relatou possível relação com episódio de racismo. A expectativa é que o inquérito seja concluído em até 10 dias.
— O código penal tipifica essa conduta da pessoa que quer agredir, mas o resultado inesperado ou evolução da lesão inicial que leva à morte da vítima. Pode ter uma pena de quatro a 12 anos [de prisão]. Contudo, se durante a investigação surgirem outros elementos a indicar que foi uma ação premeditada, coordenada ou que havia outros interesses, tudo isso pode mudar a tipificação inicial para o crime de homicídio.
A reportagem tenta contato com a defesa do suspeito preso. O corpo de Edson Carlos Ribeiro foi velado neste domingo na cidade de Divinópolis sob comoção de amigos e familiares. Alguns deles protestaram pedindo resposta à morte.