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Empresas retiraram cobradores em retaliação, diz ex-chefe da BHTrans

Célio Bouzada avalia que companhias de ônibus tomaram decisão reagindo à falta de reajuste no valor das passagens

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Bouzada será convocado para CPI novamente
Bouzada será convocado para CPI novamente Bouzada será convocado para CPI novamente

Célio Bouzada, ex-presidente da BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) afirmou, nesta quarta-feira (9), que as empresas de ônibus da capital mineira retiraram parte dos cobradores dos veículos em retaliação à falta de reajustes anuais no valor da passagem.

— Se você pegar os quatro anos, de 2017 a 2020, houve um reajuste de tarifa. A retirada do cobrador foi uma retaliação por este ato.

A declaração foi feita durate depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Belo Horizonte que investiga possíveis irregularidades na relação entre a BHTrans e as companhias de transporte.

A falta de cobradores em determinadas linhas é uma reclamação constante dos passageiros e motiva embates entre a prefeitura e as empresas de ônibus. Desde que assumiu a prefeitura, Alexandre Kalil (PSD) autorizou apenas um aumento no valor da passagem dos ônibus. O assunto já foi discutido na Justiça.

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Contratos

Durante a reunião, para a qual foi convocado na condição de testemunha, Bouzada ainda avaliou que há detalhes nos contratos em vigor desde 2008 com as empresas de ônibus que precisam ser atualizados. A previsão de duração dos acordos é de 20 anos.

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— Aquele contrato de licitação por exemplo tem um capítulo que trata de tecnologia e nem se pensava naquela época sobre os aplicativos e serviços sob demanda.

Os vereadores ainda questionaram o ex-presidente da BHTrans sobre um curso que Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH) criou em uma universidade particular da capital onde Bouzada era professor. Ele negou qualquer relação com o assunto.

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Ao fim do encontro, a presidência da CPI informou que vai convocá-lo novamente, agora na condição de investigado, para esclarecer sobre a possível relação com as empresas de ônibus .

Trâmite

A Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada no dia 10 de maio, mesmo dia em foi aberta outra CPI que investigar os gastos da prefeitura no combate à pandemia de covid-19. Os sete vereadores terão prazo de 120 dias, renovável por mais 60 dias, para concluir o trabalho e apresentar relatório sobre o assunto investigado.

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