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Justiça do Trabalho convoca metroviários após anúncio de greve em BH

Desembargador agendou para a tarde audiência de conciliação entre CBTU e Metroviários; greve começa na madrugada de quinta

Minas Gerais|Antonio Paulo, da Record TV Minas

Paralisação total do metro começa na madrugada de quinta (25)
Paralisação total do metro começa na madrugada de quinta (25) Paralisação total do metro começa na madrugada de quinta (25)

O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais convocou para a tarde desta quinta-feira (25) uma audiência de conciliação entre a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e o Sindimetro (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais), após o anúncio de greve dos metroviários a partir da madrugada de quinta.

A greve do serviço foi uma resposta dos metroviários após o TCU (Tribunal de Contas de União) dar ao Governo Federal o aval necessário para seguir com a privatização do serviço na capital mineira. A categoria promete paralisação total.

A audiência, convocada pelo 1º vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, o desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior, é a primeira tentativa de conciliação. A reunião será por videoconferência.

Logo após o anúncio da greve, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos entrou com um pedido na Justiça do Trabalho exigindo o fim da paralisação, sob multa diária de R$ 1.000.000 ao sindicato por dia de greve.

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Avaliação do TCU

O ministro Vital do Rêgo foi o relator da privatização do CBTU no Tribunal de Contas da União. Rêgo deu aval à continuidade do processo, fazendo orientações para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) revise alguns estudos jurídicos e aponte algumas precificação de investimentos que não foram detalhadas. O voto do relator foi seguido por unanimidade por todos os ministros.

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Durante a reunião, Rêgo comentou sobre os questionamentos dos servidores em relação à estabilidade.

O ministro avaliou que os esclarecimentos prestados sobre o tema amenizaram as dúvidas. A proposta garante estabilidade de 12 meses para os servidores e a manutenção das vagas após o período. "Esses servidores compõem a linha um. A linha dois também será construída. Quem tiver a expertise vai ser absorvido pela empresa", avaliou.

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Sobre os questionamentos, a CBTU reforçou que não é a responsável pelo tema "haja vista que as diretrizes e ações a respeito ainda estão internalizadas junto a CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos), portanto, conduzidas pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional".

Em nota, o secretário de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Fernando Diniz, avaliou como positiva a decisão do TCU.

“Este é mais um passo importante no processo de desestatização da CBTU mineira. O trabalho vem sendo feito a várias mãos e projetamos que o leilão ocorra em breve para que a população da Região Metropolitana de BH que utiliza os serviços da CBTU possa ser beneficiada”, declarou.

Processo de privatização

A viabilização da privatização da empresa passa por uma cisão da CBTU Minas em relação ao restante da companhia.

O Governo Federal fará um aporte de R$ 2,8 bilhões e o Governo de Minas de R$ 428 milhões para viabilizar os investimentos nos seis primeiros anos da concessão que terá 30 anos de validade.

A empresa vencedora do leilão vai precisar criar mais uma estação (Novo Eldorado, em Contagem) na linha um, ampliando dois quilômetros do trecho, totalizando 30 km de linha em 20 estações, a partir de 2025

Ela também será responsável por retomar a construção da linha dois, entre o bairro Nova Suíça à região do Barreiro, a partir de 2024. O trecho terá 11 quilômetros em sete estações.

O BNDES calcula que a CBTU deve fechar o ano de 2022 com 43 milhões de passageiros transportados. O volume deve chegar a 78 milhões em 2027, quando a linha dois deve começar a funcionar.

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