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"Maníaco do Anchieta" se entrega à polícia

Pedro Meyer teve pedido de habeas corpus negado nessa segunda-feira (5)

Minas Gerais|Do R7 MG

"Maníaco do Anchieta" se entregou na noite dessa segunda
"Maníaco do Anchieta" se entregou na noite dessa segunda

Pedro Meyer, o "Maníaco do Anchieta", se entregou à polícia por volta de 22h30 dessa segunda-feira (5). O ex-bancário foi entregue pelo seu advogado, Lucas Laire, na Central de Flagrantes (Ceflan), no bairro Santa Tereza, na região leste de Belo Horizonte.

De acordo com o defensor, Pedro Meyer, de 56 anos, já foi encaminhado ao Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Gameleira.

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O ex-bancário se entregou logo depois do pedido de liberdade feito também nessa segunda ser negado liminarmente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A vontade de Lucas Laire era que o seu cliente aguardasse o recurso fora da cadeia.

Na decisão, o promotor Alexandre Victor de Carvalho afirmou que devem ser tomadas as “cautelas necessárias para o resguardo da integridade física, moral e psíquica do paciente”. Na última vez em que esteve preso, Meyer foi agredido por outros detentos.


O maníaco foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por estupro de vulnerável e era considerado foragido desde o fim da última semana.

O maníaco foi condenado no processo movido por uma mulher estuprada por ele na garagem do prédio onde morava, no bairro Cidade Nova, na região nordeste da capital mineira, em 1997. Em 2012, ela o reconheceu na rua, no Anchieta, e o seguiu até seu apartamento, que foi invadido pela polícia.


A mulher sente alívio pela condenação 15 anos depois do crime.

— Com muita alegria que recebi essa notícia. É o que a gente esperava. Foram 15 anos para achar a pessoa que me estuprou, que ficou preso, foi solto. Quanto tempo mais vou precisar esperar para vê-lo preso novamente? É uma ameaça pra qualquer uma, ele acabou com minha vida e de inúmeras meninas.

Pedro Meyer respondia ao processo em liberdade desde o dia 10 de abril, quando foi solto por excesso de prazo para a sua detenção, já que o laudo de sanidade não foi apresentado. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o exame demonstrou que o réu tem plena consciência de seus atos. A demora na entrega forçou dois adiamentos de audiências que seriam realizadas em dezembro de 2012 e janeiro de 2013. Em maio, finalmente, o réu foi ouvido.

Ele responde a outro processo e é investigado em um inquérito por estupro. Os outros 13 processos já prescreveram.

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