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Médico que atestou morte de mulher de promotor depõe no MP

Itamar Tadeu Gonçalves assinou atestado de óbito que diz que Lorenza Maria da Silma Pinho morreu engasgada com remédio

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, e Arthur Santana, da RecordTV Minas

Lorenza morreu no dia 2 de abril, em BH
Lorenza morreu no dia 2 de abril, em BH

O médico Itamar Tadeu Gonçalves, que trabalha no Hospital Mater Dei e assinou o atestado de óbito de Lorenza Maria da Silva Pinho, presta depoimento no Ministério Público de Minas Gerais nesta segunda-feira (19). 

Itamar foi até o apartamento de Lorenza, onde ela vivia com seu marido, o promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte, onde ela morreu, no dia 2 de abril. De acordo com o atestado de óbito assinado por ele, a morte ocorreu devido a uma autointoxicação, causada após a vítima ter se engasgado com um remédio.

A versão é contestada por familiares de Lorenza e pelo laudo do IML (Instituto Médico-Legal), da Polícia Civil. Desde o dia 4 de abril, o promotor Andre Luís Garcia de Pinho está preso, suspeito de assassinato.

Na última semana, uma tia de Lorenza, que era uma das pessoas mais próximas a ela, também prestou depoimento. O caso é investigado pela Corregedoria do Ministério Público. 


Laudos divergentes

Como revelou o R7, uma fonte ligada à investigação confirma que há dois laudos divergentes sobre a causa da morte de Lorenza. O atestado de óbito assinado por dois médicos aponta que ela teria engasgado com um remédio. Já a perícia feita pela Polícia Civil no corpo dela, já no IML, aponta outro motivo.


A PC não divulgou o laudo e não informa quais seriam os indícios e, agora, cabe à Justiçadecidir qual deles irá valer. O Tribunal de Justiça não comentou o assunto, se limitando a dizer que o caso segue sob sigilo.

Relembre o caso


Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no dia 2 de abril em seu apartamento, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. A certidão de óbito consta como causa da morte uma "pneumonite causada devido a alimento ou vômito e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas".

O promotor permanece preso desde o dia 4 de abril, suspeito de assassinato, e o caso está sendo investigado pelo próprio Ministério Público de Minas Gerais, que já ouviu a defesa dele e familiares de Lorenza, que não acreditam na versão divulgada pelo promotor e pelos médicos.

Os cinco filhos do caso, com idade entre dois e 17 anos, estão sob a guarda de um amigo do casal. Em entrevista à RecordTV Minas, os dois filhos mais velhos dizem acreditar na inocência do pai.

O corpo de Lorenza foi sepultado no dia 14 de abril no Cemitério da Boa Morte, em Barbacena, no Campo das Vertentes.

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