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MPF pede que Aécio perca mandato por suposta propina em mala

Órgão também sugere indenização de R$ 6 mi e a condenação da irmã e do primo do político por possível envolvimento no caso

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas

Caso foi revelado em 2017
Caso foi revelado em 2017 Caso foi revelado em 2017

O MPF (Ministério Público Federal) pediu, mais uma vez, a condenação do deputado federal Aécio Neves (PSDB) por corrupção passiva, no caso das malas de dinheiro.

O órgão pede que o político perca o cargo público que exerce e seja condenado a pagar R$ 6 milhões à União a título de indenização.

Na ação, o MPF também pede a condenação por corrupção passiva da jornalista Andrea Neves, irmã do tucano, do ex-diretor da Cemig Frederico Pacheco, primo de Aécio, e do ex-assessor do ex-senador Zezé Perrella, Mendherson Lima.

“Como declinado alhures, é fora de dúvida que Aécio solicitou e recebeu R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) de Joesley, valendo-se, para tanto, do auxílio real de Andrea, e que esses recursos foram recebidos posteriormente por Frederico e Mendherson”, detalha trecho do documento.

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Aécio é acusado de receber propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, em quatro parcelas de R$ 500 mil, em 2017. A cena foi flagrada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Por outro lado, o MPF pediu a absolvição de Aécio do crime de obstrução de Justiça. Com data de 21 de fevereiro, o parecer é assinado pelo procurador da República, Rodrigo de Grandis. O processo corre na Justiça Federal em São Paulo.

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"O Ministério Público Federal reconheceu os equívocos das acusações formuladas originalmente pela PGR e pediu a absolvição do Deputado Aécio Neves pelo crime de obstrução de justiça, mas, surpreendentemente, ignorou o fato de que os próprios delatores, quando ouvidos em juízo, afastaram qualquer ilicitude envolvendo o empréstimo feito ao Deputado que, segundo eles próprios, não teve qualquer contrapartida. As provas deixaram clara a inexistência de qualquer crime e a defesa aguarda, com tranquilidade, a apreciação pelo Poder Judiciário", disse Alberto Zacharias Toron, advogado de Aécio.

"A defesa ficou surpresa com a manifestação do MPF porque passou longe da prova produzida sob o crivo do contraditório. Toda a prova produzida na fase judicial demonstra o contrário do afirmado pelo MPF em suas alegações finais. Todas as testemunhas ouvidas em juízo não comprovam a denúncia formulada. A defesa vê a conclusão do Ministério Público como uma obra de ficção longe do que foi produzido em juízo. A defesa vai apresentar a sua manifestação", informou Antônio Veloso, advogado de Mendherson Lima.

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Segundo a defesa de Joesley Batista, o empresário é apenas citado como testemunha na ação e não irá se manifestar.

A reportagem tenta contato com a defesa dos outros citados.

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