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Vale inicia obras para captar água após contaminação de rio

Rio Paraopeba é responsável pelo abastecimento de parte da Grande BH e teve captação suspensa após o rompimento da barragem em Brumadinho

Minas Gerais|Clara Mariz, do R7*

Captação foi afetada pelo rompimento da barragem
Captação foi afetada pelo rompimento da barragem

A mineradora Vale começou nesta terça-feira (29) as obras do novo sistema de captação de água do rio Paraopeba, afetado pelo rompimento da barragem em Brumadinho. O curso d'água, abastecia grande parte de Belo Horizonte e região metropolitana e a captação foi suspensa devido à contaminação causada pela lama da barragem.

A construção de um novo sistema de captação no Paraopeba faz parte de um termo de compromisso firmado em julho deste ano entre a mineradora e o Ministério Público de Minas Gerais, com a participação da Copasa (Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais), Governo de Minas e do Ministério Público Federal. A previsão é que as obras sejam finalizadas em setembro de 2020.

De acordo com a Vale, as primeiras atividade estão sendo executadas perto da comunidade de Almorreimas, na zona rural de Brumadinho, a 69 km de Belo Horizonte. A mineradora informou, ainda, que a estrutura terá capacidade de garantir vazão de 5.000 litros por segundo.

O Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) informou que o tempo seco e o baixo nível dos reservatórios do Estado fazem com que a obra tenha que ser entregue antes do prazo estipulado pela Justiça.


Segundo a diretora-geral do instituto, Marília Melo, novos estudos feitos pela Copasa apontam que o ideal é que o novo sistema de captação esteja pronto em julho de 2020, dois meses antes do planejado.

— Os reservatórios que são monitorados pela Copasa na bacia do Rio Paraopeba, em função do aumento do consumo, estão mais vazios. Após novos estudos feitos pela companhia foi constatada a necessidade da antecipação destas obras, para que seja minimizado qualquer risco de interrupção do abastecimento da região metropolitana.


A Vale afirmou que o novo sistema custará R$ 450 milhões. A mineradora informou que também realizará ações preventivas no ponto de captação no Rio das Velhas, que ficou sobrecarregado com a interrupção no Paraopeba.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli

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