Carro híbrido é mesmo econômico? Testamos o Haval H6 por 2.000km
SUV grande teve consumo de 11,7km/l mais 200km sem usar gasolina e tem o conjunto mais potente do segmento
O mundo dos SUVs híbridos plugin já tem diversas opções eles já vendem mais do que as versões a combustão tradicional. Somando as vendas do Corolla Cross, líder do segmento, e do Jeep Compass, os modelos eletrificados já passaram os números das opções a combustão. É o caso do Song Plus da BYD, GWM Haval H6, Jaecoo 7, Tiggo 7 entre outros. Mas há opções diversas como modelos híbridos puros como é o caso do Haval H6 HEV e do Corolla Cross e modelos híbridos plugin. O GWM Haval H6 PHEV 34 é a opção topo de linha abaixo apenas da GT mas com a mesma motorização potente, aliás a mais forte desse segmento, e o R7-Autos Carros testou a novidade ao longo de uma semana incluindo uma viagem de 2.000km entre São Paulo e o Paraná.
O visual do PHEV 34 segue a mesma linha do Haval com ampla grade, faróis afilados e design imponente embora já “atrasado” em relação ao modelo que mudou na China há alguns meses.
Generoso no tamanho o Haval H6 tem 4,68m de comprimento, 2,73m de entre eixos, 1,88m de largura e 1,72m de altura com porta malas de 560 litros e mesmo com seus 1890kg se mostra ágil no uso urbano e rodoviário. Para a proposta familiar o espaço do Haval surpreende. É espaçoso para viajar, com boa largura, piso plano e porta-malas bem amplo ainda que um pouco raso.
Em uma viagem de 2.000km usamos o espaço para cinco passageiros adultos que não reclamaram do espaço. A bordo do carro que é alto e largo, a viagem esbanja conforto. A suspensão do Haval é mais comunicativa transmitindo alguns solavancos dos buracos com conforto e curso mais curto, diferente dos concorrentes como Song Plus e Jaecoo 7 por exemplo.
O motor do Haval H6 PHEV 19 combina o 1.5 turbo a gasolina com injeção direta com motor elétrico que soma interessantes 393cv e 77kgfm de torque. Esse motor elétrico é alimentado por 34kw de baterias que rendem entre 100 e 120km de autonomia por carga. Trata-se do conjunto mais potente do segmento. Ao entrar na estrada se nota a disposição do Haval por acelerar mas tem um porém.
GWM Haval H6
O Haval H6 prioriza a tração elétrica e mesmo com ajuste para priorizar o modo híbrido ele prefere consumir eletricidade do que gasolina. Assim, nos primeiros 300km o computador de bordo mostra um consumo interessante mas depois disso e sem poder recarregar o Haval em um posto pela estrada, o consumo aumenta significativamente.Por dentro o perfil combina muito espaço com revestimento de teto escuro e mais sóbrio e um amplo teto panorâmico além de bancos em couro preto presente também nas frações de porta e em parte do painel.
Há duas amplas telas de comandos bem completos e também uma gestão de energia fácil de mexer assim como níveis de frenagem, regeneração, modos de condução e tudo que for possível ajustar. As telas trazem com exatidão números sobre consumo, pressão de pneus, fonte da multimídia entre outros itens, no entanto, os comandos são um pouco pequenos para serem vistos à distância, algo que poderia ser melhor.
Os comandos do carro são os mesmos para o ar-condicionado, nivelamento dos faróis em LED, console central com comando rotativo e itens já conhecidos como carregador de celular sem fio (bem lento durante o nosso teste), freio auto hold entre outros. O ajuste de altura de cinto faz falta mas os bancos dianteiros são elétricos o que ajuda. Mesmo grandalhão o Haval H6 é bem assistido por câmeras e sensores. Como tem ADAS, utilizamos os recursos em trechos rodoviários por várias horas o que reduz o cansaço.
Na viagem dois motoristas se alternaram rodando 500km cada um. Ao chegarmos à cidade de Foz do Iguaçu o consumo ficou em 12km/h, um pouco acima dos 11,7km/l do Inmetro. Não é brilhante mas considerando um carro de 2 toneladas, quase 400cv e cinco pessoas a bordo, é uma boa média. Em Foz do Iguaçu rodamos na cidade limítrofe com Paraguai e Argentina por mais 200km usando apenas o modo elétrico e recarregando em uma tomada 220volts durante a noite, uma vantagem do motor elétrico parrudo.
Para retornar a São Paulo, um novo abastecimento e após 700km, mais um abastecimento. Na prática o Haval rodou 2.200km com consumo de 11,7km de média e mais 200km sem consumir nada de gasolina usando apenas o motor elétrico. Dentro da proposta, o Haval tem o conjunto mais potente do segmento oferecendo espaço e boa conectividade a bordo para clientes familiares que buscam viagens longas ou um carro para uso urbano que dispensa o motor a gasolina.
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