Fiat Titano Ranch 2026: teste completo com a picape renovada
Picape média da Fiat ganha fôlego, fica mais econômica e ainda custa menos que as rivais

A Fiat Titano estreou em 2024 como entrada da marca no segmento dos modelos médios com motor diesel e tração 4X4. Ao todo, antes da renovação a Titano vendeu pouco mais de 8.000 unidades e agora a Stellantis quer ir além. Sai de cena o motor 2.2 Blue HDi que era uma família de propulsores do final dos anos 1990 atualizada ao longo do tempo e agora entrou em cena o 2.2 Multijet que é mais potente, mais econômico e atualizado nos padrões de emissões. A picape em si é a mesma apenas com mudanças de rodas.

Se por um lado a mudança foi rápida, ela foi necessária. A Titano era produzida no Uruguai e agora foi para Córdoba na Argentina saindo da Nordex e indo para uma planta da Stellantis o que dará agilidade na produção para atender um volume mais alto.

Visualmente a Titano é a mesma com destaque para o logo da Fiat na dianteira mas ainda com o mesmo formato de grade que repete o padrão da Peugeot Landtrek que é seu projeto original. A Titano 2026 recebe apenas um novo skid plate na porção inferior do para-choque dianteiro para abrigar o sensor do radar que compõe o pacote ADAS mantendo o perfil visual e de estilo do lançamento.

As dimensões da Titano 2026 não mudam: 5.330 mm de comprimento, 2.221 mm de largura (com espelhos), 1.897 mm de altura (com barras longitudinais) e 3.180 mm de distância entre eixos. A distância do solo é de 235 mm e ângulos de entrada e saída de 29° e 27°, respectivamente.
Novos equipamentos mas sem destaque
A Fiat Titano 2026 ganha um pacote ADAS que a nivela com outras picapes do segmento. Além do controle de Cruzeiro adaptativo com “stop and Go”, também traz itens como alerta e frenagem automáticos, alerta de ponto cego e câmera 360°. O teto solar que está presente em algumas picapes do segmento ficou de fora na Titano mesmo nesta segunda versão.

Apesar das melhorias em itens de série a Titano não se destaca por tantas novidades. Os botões e comandos seguem no mesmo lugar. Também otamos que a tampa da caçamba ainda tem abertura “seca” sem amortecedores e a instrumentação digital é pequena no painel o que pode dificultar a visão do motorista com óculos ou lentes desatualizadas.
Teste longo com a Fiat Titano
A Titano em si parece a mesma picape mas ao conviver por uma semana com a utilitária notamos que as melhorias “invisíveis” fizeram a diferença. Ao dar partida, o motor tem funcionamento mais suave e parece mais silencioso graças ao trabalho de isolamento acústico. O ruído ao elevar o giro do motor é bem contido sem o barulho metálico da outra versão.

A aceleração é bem mais vigorosa. São só 20cv a mais o que representa 11% mais potência e 13% mais torque. É perceptível. E esse ganho de torque ocorre logo entre 1.500 e 2.500rpm segundo a Fiat. A relação peso potência passa a 10,7kg/cv, com aceleração de 0-100km em 9,9s (antes era 12,4s). A tração é do tipo 4x4 com passagem da traseira para integral de forma automática.

O ganho em consumo da Fiat Titano 2026 chega a até 17% no ciclo rodoviário e chega a 10,8km/l. Na cidade são 9,9km/l (melhora de 16%). Tecnicamente a Titano também ganha nova suspensão dianteira, direção elétrica, freio a disco nas quatro rodas com sistema de acionamento eletrônico, motor já detalhado e sistema de exaustão para atender o Proconve PL8.

Ao sair da estrada, a Titano se mostra robusta e silenciosa e sem barulhos notados na primeira versão. A suspensão recalibrada também assenta melhor as irregularidades do solo com conforto e sem a invasão de ruídos para a cabine. Ao todo conseguimos o consumo rodoviário de 11,8km/l, acima do oficial previsto pelo Inmetro.
Conclusão: mudança rápida e necessária
Dentro de um segmento bem disputado, a Titano melhorou muito. Uma pena que isso tenha acontecido um ano e meio após o lançamento. Os compradores da Titano de primeira versão terão uma picape bem desatualizada. Agora com o novo motor mais potente e econômico, a Titano se nivela bem às concorrentes e ainda tem preço competitivo.

O preço da versão Ranch testada nessa matéria custa R$ 280 mil, cerca de R$ 26 mais cara do que a primeira versão. Ao comprar com CNPJ e descontos para produtor rural, o desconto praticado fica em torno dos 12 a 14%. Ainda é inferior ao preço de picapes topo de linha como Toyota Hilux XRX, Ford Ranger Limited e Chevrolet S10 High Country.

Mesmo no andar de baixo das picapes vendidas aqui como Nissan Frontier, Mitsubishi Triton, Volkswagen Amarok e JAC Hunter que vendem em volumes bem inferiores, no máximo 1.000 unidades por mês, a Fiat Titano ainda custa menos do que essas concorrentes. Na linha do custo benefício a Titano se renova rápido como é do estilo Stellantis para avançar no mercado disputado de modelos médios.
FIAT TITANO 2026: agora VAI ARREBENTAR DE VENDER. VEJA O VÍDEO!
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