Teste com o Hyundai Kona: o primeiro de uma nova fase eletrificada
SUV tem 141cv, desempenho honesto, porém mais caro que alguns concorrentes

Desde o final do ano passado a Hyundai anunciou uma nova fase de produtos no Brasil indo além do HB20 e Creta. Feito o “divórcio” com o grupo Caoa, a Hyundai iniciou as vendas do híbrido Kona que ilustra bem esse novo momento para a marca. O Kona é o segundo veículo importado lançado pela marca no país após o SUV Palisade e traz motor híbrido eficiente com visual arrojado e preço na linha do que outros produtos oferecem.

O Kona é vendido diretamente pela Hyundai Brasil, em duas versões: Ultimate e Signature, com preços iniciais de R$ 214.990 e R$ 234.990, respectivamente. Foi justamente a Signature que avaliamos neste teste do R7-Autos Carros.

O visual do Creta é bem arrojado com traços feito sobre a plataforma K2 de veículos compactos, motor conhecido combinado com propulsor elétrico e equipamentos inéditos para o segmento. O estilo, como um todo, combina linhas retas e iluminação diferenciada ao estilo Seamless Lighting. Basta começar a dirigi-lo para perceber que apesar do visual diferente, seu comportamento de suspensão e motor são bem amistosos.
Motorização híbrida e consumo
O Kona utiliza um conjunto híbrido que combina o motor 1.6 Kappa aspirado com injeção direta a gasolina com um motor elétrico e transmissão automatizada de dupla embreagem (DCT) de seis marchas.
Vale lembrar que esse motor é “primo” do usado anteriormente pelo HB20 e Creta Action. A potência combinada é de 141 cv, com torque de 27 kgfm. A bateria é de íons de lítio, com capacidade de 1,32 kWh. Traz aceleração mediana com boa relação de torque e câmbio sendo amparado por suspensão independente na frente (McPherson) e na traseira (Multilink).

Segundo a Hyundai, os números de consumo são de 18,4 km/l na cidade e 16 km/l na estrada.
Suspensão adaptada e porte de SUV
Com 4,35 m de comprimento, o Kona se aproxima das dimensões do Creta, sendo classificado pela Hyundai como SUV, embora tenha formato de hatch elevado. A suspensão recebeu ajustes para o mercado brasileiro segundo a Hyundai e se mantém muito neutra, mas parecida com o SUV.

Vale lembrar que essa nova geração não parece, mas é maior que anterior que era 17,5 cm menor. Agora ele tem 1,82 m de largura e entre eixos de 2,66 m, sendo 6 cm mais alongado que a anterior no espaço para passageiros. O porta malas é bom com 466 litros e tem ainda compartimento dianteiro.
Interior e tecnologia
Por dentro, o Hyundai Kona Hybrid é diferente e conta com painel composto por duas telas integradas de 12,3 polegadas cada, com layout flutuante. A construção é mais afastada, criando um espaço interno que faz parecer que o Kona é bem maior.
Uma das novidades é o sistema Shift by Wire, com seletor de câmbio localizado ao lado do volante. O modelo ainda oferece console central aberto, saídas de ar para os bancos traseiros, portas USB-C, luz de cortesia em LED e apoio de braço com porta-copos.

Pacote de segurança
Ambas as versões do Kona híbrido vêm equipadas com o pacote ADAS, que inclui: assistente de frenagem autônomo, Monitoramento de tráfego cruzado traseiro, assistente de ponto cego, farol alto adaptativo, alerta de saída segura, assistente de permanência e centralização em faixa, controle de cruzeiro adaptativo e sensores de estacionamento. A versão Signature testada adiciona ainda câmera 360° e monitoramento de ponto cego por câmera.

Dirigindo o Kona
Por um lado, o desempenho da novidade importada pela Hyundai não é nem um pouco empolgante. O desempenho é bom com 141cv, mas sem emoções, porém com bastante competência. Direção direta, respostas boas na cidade e mais lentas na estrada, boa assistência à condução e silêncio acima da média por conta do bom isolamento construtivo.

A velocidade máxima do Kona é de 172 km/h, mas longe de empolgar o SUV sabe mesmo ser competente na economia. O motor elétrico funciona bem em baixas velocidades e oferece um bom contraponto para obter até 20 km/l no nosso teste.

Cores, versões e condições comerciais
O Hyundai Kona híbrido é vendido nas cores branco, preto, cinza metálico, cinza perolizado e na exclusiva Cinza Ecotronic Matte (fosca) Ao preço de R$ 234,9 mil. É um pouco mais caro que um Toyota Corolla Cross bem menos potente de 122cc, mas é mais caro que um GWM Haval H6 HEV que é mais potente. Neste universo eletrificado a Hyundai ganha um ilustre representante. Resta saber qual o lugar ao sol que a marca quer ocupar subindo mais degraus acima de HB20 e Creta.

HYUNDAI KONA: arrojado e eficiente sem precisar carregar. Você teria esse carro por R$ 215 mil? VEJA O VÍDEO!
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