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Blog do Zamataro

Irã recrutou empresário israelense para matar Netanyahu e dois ministros

A ideia de um atentado contra membros da alta cúpula política de Israel começou após a morte do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, no mês de julho. Toda ação foi descoberta a tempo.

Blog do Zamataro|Luiz Felipe ZamataroOpens in new window

O PM ainda é o alvo principal dos iranianos Reprodução/Instagram/ @b.netanyahu - 26/12/2023

O plano do Irã era bem simples: de acordo com os agentes da Mossad, o serviço secreto de Israel, eles contataram um empresário israelense, chamado Moti Mamam, de 73 anos, que viveu muito tempo na Turquia e tinha boas relações com turcos e iranianos, para planejar atentados e recrutar assassinos.

O alvo principal era o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Em seguida, queriam matar o ministro da defesa, Yoav Gallant, e o diretor do serviço de segurança interna, Ronen Bar.

Para efetivar o plano, em abril deste ano, dois cidadãos turcos entraram em contato com Moti Mamam para acertar os valores e marcar uma reunião com um rico investidor persa no Irã.

Moti havia pedido inicialmente US$ 1 milhão antecipado. Mas não foi ouvido. Em agosto, ele recebeu apenas 5 mil euros de adiantamento para começar a montar o plano. O que incluía ações financeiras, logísticas e armas, além da possibilidade de converter um agente do Mossad em um agente duplo.


Na segunda visita ao Irã, Moti foi levado ao país em um caminhão por uma passagem pela Turquia. O encontro foi realizado com vários oficiais de segurança iranianos, ainda não identificados, e empresários.

Nesse encontro eles definiram os alvos e marcaram mais encontros secretos. Tudo parecia andar rápido. Mas, ao retornar a Israel em agosto, ele foi preso pelas autoridades.


Ainda não se sabe como os agentes do Mossad tiveram acesso e nem como conseguiram todas essas informações. O certo é que Moti está preso há um mês, mas toda história só foi divulgada nesta quarta-feira (19), dias depois de uma série de ataques com pagers e walkies-talkies no Líbano contra o Hezbollah, grupo financiado pelo Irã.

A guerra se aproxima.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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