Quando a luz vira vilã e começa a afetar o coração
A ciência mostra que dormir em ambientes iluminados pode confundir o corpo, alterar o ritmo natural e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Você já reparou como dormimos cercados de luz? O celular carregando ao lado da cama, a televisão ligada, o poste da rua iluminando o quarto. Pode parecer inofensivo, mas um estudo publicado na JAMA Network Open mostrou que essa claridade noturna pode estar afetando o coração.
Os pesquisadores acompanharam mais de 88 mil pessoas por quase dez anos e descobriram que quem dorme em ambientes mais iluminados tem maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como pressão alta, arritmia e até infarto. O curioso é que esse efeito foi mais forte entre mulheres e pessoas mais jovens, o que mostra que o impacto da luz no corpo vai muito além do sono.
A explicação está no nosso relógio biológico, o ritmo circadiano. Ele regula tudo: batimentos cardíacos, metabolismo, pressão arterial e até os hormônios que ajudam o corpo a descansar. Quando a luz da noite “engana” o cérebro e interrompe esse ciclo natural, o organismo se confunde e o coração trabalha mais do que deveria.
Mas há formas simples de reduzir esse risco. Evite dormir com telas ligadas, mantenha o quarto o mais escuro possível e use luzes suaves, de tons quentes, à noite. Pequenas mudanças podem ajudar o corpo a entender que é hora de desacelerar.
A ciência mostra, cada vez mais, que o coração também precisa de escuridão para descansar. Dormir bem é, literalmente, um gesto de cuidado com a própria vida.
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