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Luiz Fara Monteiro

Guerra deixa aérea russa inoperante e passageiros ‘abandonados’ no exterior

Passageiros da Red Wings foram obrigados a prolongar férias por conta própria e apelam por solução imediata. Companhia diz que cobre custos dos clientes

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Red Wings: desafios com a reposição de peças Juergen Lehle via Wikimedia Commons

Passageiros que confiaram suas viagens e férias à companhia aérea russa Red Wings enfrentam um desafio grande ao tentar voltar para casa. Pelo menos duas aeronaves da empresa ficaram inoperantes por questões técnicas e deixaram de cumprir alguns voos programados.

Como consequência, centenas de clientes precisaram prolongar suas férias no exterior e tiveram que arcar com custos como hospedagem e alimentação. A Red Wings nega esta versão e afirma estar cobrindo esses custos.


A dificuldade de manutenção na frota é explicada em boa parte pelo embargo imposto pelo Ocidente desde que a Rússia iniciou o conflito com a Ucrânia.

As grandes fabricantes de aviões e de peças deixaram de fornecer equipamentos, levando as companhias aéreas a recorrer ao mercado paralelo ou canibalizar parte da frota para a retirada de material de reposição.


Uma das rotas mais afetadas pela inoperância de aviões da Red Wings é a que liga Nha Trang, no Vietnã, a Moscou. Os voos dos dias 26 e 27 últimos foram cancelados. Os turistas reclamam por não conseguiram voltar ao trabalho a tempo.

A invasão ao território ucraniano fez com que a Rússia perdesse acesso ao fornecimento legal de peças de aeronaves, serviços de manutenção e seguro de aviões. O reflexo foi intenso na aviação comercial do país, especialmente entre empresas que operam jatos da Boeing e Airbus.


Este blog destacou uma declaração do chefe da Rostec, Sergey Chemezov, em março deste ano, de que — devido às sanções — pelo menos 200 aviões ocidentais que operam no país serão retirados das frotas locais, agravando ainda mais o déficit de aeronaves e voos no país. Apesar da tentativa de nacionalização da frota, a Rússia segue dependente de fornecedores estrangeiros.

A indústria local tem recorrido às importações por meio de intermediários como China, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Dados alfandegários analisados pela agência Reuters revelam que em 2024 foram importados o equivalente a R$ 1,6 Bi em peças desses países, incluindo equipamentos de fornecedores como a americana Honeywell e a britânica Rolls-Royce.


A Red Wings foi fundada em 1999 com o nome VARZ-400. Em 2001, passou a se chamar Airlines 400 e, em 2007, adotou seu nome atual.

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