Empresa do setor de alimentos reduz em 23% o consumo de água em fábrica
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações sustentáveis adotadas pela companhia para diminuir o impacto ambiental da produção

A Cargill, uma das maiores empresas do setor de alimentos no Brasil, reduziu em 23% o consumo de água em uma de suas unidades industriais. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações sustentáveis adotadas pela companhia para diminuir o impacto ambiental da produção.
“A gente vai tomar a decisão de fornecer alimentos, ingredientes, soluções agrícolas e produtos industriais sempre de forma segura, sustentável e responsável”, afirmou Cristina Faganello, vice-presidente sênior e diretora-geral da divisão Food da Cargill, durante a abertura de sua palestra para jornalistas convidados a conhecer o Centro de Inovação da companhia.
Para Cristina, a sustentabilidade, a economia circular e a responsabilidade social fazem parte de todas as etapas de criação de um produto — incluindo a evolução de marcas já consolidadas no mercado.
“Queria trazer dois exemplos do que estamos fazendo no Brasil. Na planta de Goiânia, a Cargill conseguiu uma redução de 23% no consumo de água. Essa água é usada nos nossos processos. Identificamos a oportunidade de implementar um tratamento capaz de remover 99% das impurezas, e devolvemos essa água limpa para o rio”, explicou Cristina.
A executiva se mostrou determinada ao falar sobre os próximos passos. “23% é um bom resultado. Mas dá para chegar a 40%. Só sete dias dessa redução já seriam suficientes para abastecer a cidade de Goiânia,” ponderou.

Para Sandra Biben, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Cargill na América Latina, as ações sustentáveis também vêm sendo aplicadas a produtos tradicionais e reconhecidos pelos consumidores.
“Recentemente, quebramos um paradigma: tiramos o extrato de tomate Elefante da lata. Com isso, conseguimos reduzir em 17% a emissão de CO₂, ao substituir a lata por uma embalagem plástica. E o novo potinho ainda é ótimo para reutilizar depois,” destacou Sandra.
Segundo ela, o desafio é contínuo: encontrar soluções eficazes para reduzir a emissão de carbono em toda a cadeia.
“Na área de consumo, é interessante mostrar que mesmo em produtos vencedores, como o Liza, não nos acomodamos. Fizemos um projeto para reduzir o uso de PET nas embalagens. Utilizamos uma tecnologia que permite fabricar a garrafa com muito menos material. Assim, conseguimos reduzir a pegada de carbono entre 23% e 44%,” contou.
Sandra também ressaltou o prazer em enfrentar grandes desafios:“Gosto de problema cabeludo. Resolver algo complexo e transformá-lo em um produto bacana, que vá para o mercado, é o que me motiva. Um projeto não pode começar com um impacto maior do que o que já temos. É preciso iniciar já com esse desafio em mente,” concluiu.
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