‘Cavalo é tudo’: criador de Mangalarga conta os desafios da vida no campo
A cavalgada do último final de semana foi um evento chancelado pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo da Raça Mangalarga

O pecuarista e criador de cavalos da raça Mangalarga chegou com um sorriso no rosto para me receber. Era a primeira vez que eu visitava sua fazenda, a Rio das Flores, em Itu — e justamente em um dia especial: o evento de cavalgada do Núcleo Mangalarga Sorocaba e Região.
Luiz Fernando Meirelles de Azevedo, natural de São Paulo, se considera um verdadeiro ituano. Sua esposa, Cássia Maria Macedo Meirelles de Azevedo, é nascida na cidade, assim como os filhos do casal.
A cavalgada do último final de semana foi um evento chancelado pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo da Raça Mangalarga.

“Esse é o nosso segundo encontro, com 110 cavaleiros da região. O Mangalarga é um cavalo de sela, tanto do peão quanto do patrão. É versátil: você pode trabalhar com gado, fazer cavalgada, até saltar — dentro de certos limites, claro,” explicou Luiz.
Durante nossa prosa, fiz a minha tradicional pergunta: “O que é o cavalo para o você? ”
Houve uma pausa. Os olhos do Sr. Luiz se encheram de lágrimas. A voz ficou trêmula. Segurei sua mão — e me emocionei junto.
“Cavalo é tudo... Desculpe. A gente se emociona porque, por muitos anos, ficamos meio esquecidos aqui, sabe? Minha mãe criou a gente com muita dificuldade. Não tinha estrada, não tinha luz, não tinha telefone, não tinha nada. E hoje a gente tem tudo. Então, receber esse pessoal todo aqui — e você também — é uma alegria enorme.”
Além dos cavalos, o Sr. Luiz também cria gado de corte em Itu e em uma fazenda no estado de Goiás. Perguntei a ele sobre o mercado e as perspectivas para este ano.
“Eu espero que pelo menos se mantenha. Porque há dois anos, foi muito ruim. Mas a gente nunca perde a esperança. Tem que trabalhar. O pecuarista precisa dar de si, né?”
Vem comigo aproveitar parte dessa viagem na estrada de terra. Vocês já sabem que a Stellantis apoia o blog nas expedições que eu faço em família.
Desta vez eu usei novamente a Toro Ultra Flex. O consumo de etanol foi maior. Mas o desempenho foi muito bom nos 40 minutos de estrada de terra. Nem nos momentos mais complicados da estrada, com buracos, subidas e descidas, ela não nos deixou na mão.
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