Governador diz que ex-delegado-geral executado em Praia Grande não tinha pedido proteção
Tarcísio de Freitas afirmou que se houvesse recebido algum pedido teria dado; investigação já identificou dois suspeitos do crime

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse em entrevista nesta terça-feira (16) que o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado em emboscada na Praia Grande, não havia pedido proteção policial.
“Ele não pediu proteção formal nem informalmente. A gente tem algumas autoridades com proteção. Se a gente tivesse algum pedido de proteção a gente teria dado”, afirmou o governador.
Fontes, de 64 anos, foi morto nesta segunda-feira (15) em uma emboscada na Praia Grande, no litoral paulista, cidade onde ele era secretário de Administração Pública.
Ele foi um dos pioneiros a combater a facção criminosa PCC. Segundo amigos policiais, Fontes teria dito que havia recebido ameaças e estava com medo de atentado.
Sobre questionamento de proteção automática, Tarcísio afirmou que o governo do estado pretende alterar as regras.
“Não existe hoje na nossa legislação. Autoridades se dedicam ao combate do crime organizado. Mas a memória do crime organizado fica. É o caso de um promotor de Justiça que combateu o crime organizado e, na aposentadoria, é justo que o Estado mantenha a proteção, a escolta policial. Temos que pensar na proteção dessas pessoas e suas famílias”, acrescentou o governador.
Segundo ele, autoridades que pedem quando são ameaçadas, o governo destina a proteção. "Todos que têm nos procurado, a gente procura atender", disse.
“No caso do dr. Ruy, nos não tínhamos nenhum pedido formal, nenhum tipo de sinal. Se houvesse, não nos furtaríamos.”
Sobre a investigação, o governador disse que a polícia investiga dois veículos que foram usados no crime. investigados. Um foi incendiado e outro, abandonado. Neste foi encontrado muito fragmento de DNA e impressão digital.
“A gente vai usar toda a tecnologia. Vamos usar nosso banco de dados e do TSE”, afirmou.
Dois suspeitos de participar do assassinato já foram identificados. “Todo crime é uma afronta ao Estado. Não vamos deixar o criminoso impor terror ao estado de São Paulo”, disse Tarcísio.
Após reunião com as forças de segurança, o governador disse que foi determinada força máxima para identificar os responsáveis.
“Dois já foram qualificados. Digitais do carro abandonado os colocam na cena do crime. Há muito material genético para ser analisado”, apontou. “Vamos dar resposta. As pessoas que praticaram esse crime bárbaro vão conhecer o peso da Justiça.”
Sobre as hipóteses para o crime, tem várias possibilidades. “A gente não afasta. A pessoa que foi identificada a gente vê reincidência. Pessoa que tem passagem por roubo, tráfico de drogas. Todas as possibilidades serão investigadas”, afirmou. “O estado vai sair vencedor. A gente vai agir contra crime organizado.“
O governador também disse que todos os departamentos da Polícia Civil estão empenhados para solucionar o crime. “A inteligência das polícias Civil e Militar e o efetivo na rua. Usamos muita tecnologia para rastrear e identificar essas pessoas. Vamos prender os criminosos. Crime bárbaro, que choca, terá resposta.”
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