Exclusivo: suspeito de atirar em Gritzbach admite que conhecia suposto motorista de carro usado no crime
Em depoimento, Ruan Silva Rodrigues afirmou que dirigiu a viatura do tenente Genauro, também suspeito de participar do assassinato
Por Dentro da Notícia|Camila Busnello e Thaís Furlan, da RECORD

O soldado da PM Ruan Silva Rodrigues foi ouvido nesta tarde no DHPP (Departamento de Homicidios e Proteção à Pessoa). Ele estava acompanhado do advogado Mauro Ribas Júnior.
A prisão temporária dele foi decretada pela Justiça Militar e pela Justiça comum na noite da última terça-feira (21), como adiantou o Jornal da Record.
Ruan é apontado pelas investigações como o segundo atirador do assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O soldado trabalha na 3ª Cia do 20 BPM/M.
A coluna teve acesso ao conteúdo do depoimento, que foi gravado. Ele negou qualquer participação no crime. Afirmou ainda, que como o cabo Denis Martins, o primeiro suspeito preso por ser um dos dois atiradores, estava de férias quando Vinicius foi executado. Disse também que não esteve no aeroporto de Guarulhos na data do crime.
Mas Ruan contou ao delegado que conhecia o tenente Fernando Genauro, também preso suspeito de participação no homicídio.
Genauro é apontado pela polícia como o condutor do carro preto, de onde saíram os atiradores que mataram o delator Vinicius Gritzbach.
Ruan revelou que trabalhou diretamente com Fernando Genauro por anos, que dirigia a viatura do tenente até uns três anos atrás.
Ao todo, já são 17 PMs presos por envolvimento no caso. Fontes do alto escalão da polícia garantem: mais policiais participaram do homicídio.
Como antecipou ontem essa coluna, com exclusividade, além do trabalho de inteligência para chegar até suspeito, a Corregedoria da PM comparou imagens de câmeras de vigilância da fuga dos atiradores com fotos de Ruan.
A investigação cita o “formato da cabeça, testa, entrada frontal no cabelo, corte de cabelo, cor de pele, nariz e formato dos olhos.”
Os advogados de Ruan, Renato Soares do Nascimento e Mauro da Costa Ribas Júnior, em nota, afirmam que o soldado é inocente. E que, no processo penal, a defesa apresentará provas documentais e testemunhais.
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