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Óleo de soja, arroz, leite e carne estão mais caros. O que fazer?

Para economista, 'se reduzir a quantidade que compra desses itens, a oferta aumentará e o mercado entenderá que não aceitamos esses preços'

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Preço do arroz acumula alta de 40,69% no ano
Preço do arroz acumula alta de 40,69% no ano Preço do arroz acumula alta de 40,69% no ano

O arroz, óleo de soja, tomate, leite longa vida e a carne – sempre presentes na mesa do brasileiros – estão mais caros, segundo a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (9).

Leia mais: Arroz, feijão e ovo estão caros, mas há opções mais em conta. Confira!

O preço do óleo de soja foi o que mais impactou. Confira a elevação do custo dos cinco itens:

• Óleo de soja – alta de 27,54% no mês (51,30% no ano);

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• Arroz – alta de 17,98% no mês (40,69% no ano);

• Tomate – alta de 11,72%;

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• Leite longa vida – alta de 6,01%; e

• Carnes – alta de 4,53%.

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Para o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE, o consumidor não precisa se preocupar com o aumento no preço do leite porque, à medida que as chuvas aumentam, as pastagens melhoram e a oferta de leite também.

“O efeito que estávamos vendo%2C que elevou o litro do leite a R%24 5%2C tem a ver com a estiagem%2C efeito sazonal.”

(André Braz)

Os outros itens, derivados da soja ou até mesmo o arroz, dependem de safras mais longas e condições de mercado que não estão muito favoráveis para a queda no preço, diz o economista.

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“A soja, com o real desvalorizando, vem sendo cada vez mais exportada e seu preço internacional está decolando. Então, não dá para esperar que o preço do óleo de soja fique barato da noite para o dia”, diz Braz.

A próxima safra do arroz é em fevereiro. "Até lá o consumidor deve ter paciência."

Leia mais: Cebola, batata e feijão estão mais caros. Veja opções para substituí-los

Braz destaca que não há muito o que fazer com a situação dos itens essenciais.

No entanto, alerta que “sempre dá para reduzir um pouco o consumo e, se cada um reduzir um pouquinho daquilo que está muito caro, seria uma forma de sinalizarmos para o mercado que esse nível de preço não está bom.”

“Se renunciarmos a uma parte do produto%2C a oferta dele aumenta. E não precisa deixar de comprar muito. Se consome 10 kg de arroz%2C deixe de comprar um. Esse movimento já ajudaria bastante.”

(André Braz)

A pedido do R7 Economize, a nutricionista Adriana Stavro elaborou uma lista itens que podem substituir os alimentos que registraram alta de preço em setembro.

Confira:

Arroz

Dos cinco itens mais caros, o arroz é o que tem mais alternativas para trocar no cardápio:

• Abóbora;

• Batata inglesa

• Batata-doce;

• Cuscuz marroquino

• Cuscuz de milho

• Inhame;

• Macarrão;

• Mandioca;

• Mandioquinha (apesar de nem sempre estar mais barata); e

• Quinoa.

Óleo de soja

Há uma variedade de óleos nas prateleiras dos supermercados. A dica da nutricionista é pesquisar diversas marcas e tipos.

Leite longa vida

Assim como o óleo de soja, há uma variedade de opções de leites nas prateleiras dos supermercados: integral, desnatado, semidesnatado, A, B, C ou fresco, direto da vaca (que tem alguns riscos).

A embalagem também muda – pode ser saquinho, caixinha ou garrafa.

“O que varia entre um e outro é a quantidade de gorduras (3,5% no integral, de 0,5% a 2,9% no semi e até 0,5% no desnatado) e calorias. Os demais nutrientes (cálcio, proteínas, carboidratos e sódio) são iguais. O total de vitaminas B2 e B12 e de minerais como fósforo também não é alterado”, diz.

A dica é pesquisar, segundo Adriana.

Carnes

• Ovos

• Frango

• Peixe da estação (atum, bonito, corvina, lambari, linguado, pintado, robalo, salmão, tilápia)

• Carne suína

• Carne de segunda

“Todos são ótimas alternativas, mas se você não aceita outras proteínas, pode escolher cortes bovinos mais baratos, aqueles considerados de ‘segunda’, como músculo, peito, acém e coxão duro.”

Adriana explica que a diferença da carne de “primeira” para a de “segunda” não é o sabor nem o valor nutricional, mas a forma de preparo, pois os de “segunda” demoram mais tempo para ficarem prontos.

Como preparar pratos com os substitutos?

A nutricionista dá algumas dicas para preparar alguns dos itens que ela citou:

Segundo ela, o músculo é ótimo para ensopados com legumes, ou pode ser moído para fazer hambúrgueres, almôndegas ou quibe.

A carne moída pode ser usada em molho de tomate para fazer um ragu ou molho de macarrão à bolonhesa ou rechear lasanhas.

As lasanhas podem ser feitas de massa tradicional ou de abobrinha, berinjela. Ficam ótimas, conta Adriana.

Tomate

Quanto ao tomate, a nutricionista afirma que não tem jeito: o item não está em período de safra.

A solução, segundo ela, é optar por verduras, legumes e frutas da época. Confira a lista:

Frutas

• Abacaxi;

• Acerola;

• Banana-nanica;

• Banana-prata;

• Caju;

• Caqui;

• Jabuticaba;

• Laranja-lima; e

• Manga.

Legumes

• Alcachofra;

• Aspargo;

• Berinjela;

• Beterraba;

• Ervilha;

• Fava;

• Pepino;

• Tomate-caqui;

Verduras

• Almeirão;

• Catalonha;

• Cebolinha;

• Coentro;

• Espinafre;

• Hortelã;

• Mostarda;

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