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Ação das Forças Armadas tem 86 presos em cinco dias

Exército ocupa complexos da Penha, Maré e Alemão desde segunda-feira (20); três militares e cinco civis morreram durante as ações nas comunidades

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Forças de segurança fazem quinto dia de operação
Forças de segurança fazem quinto dia de operação

A megaoperação conjunta das Forças de Segurança nos Complexos da Penha, Maré e Alemão segue pelo quinto dia consecutivo. Iniciada na segunda-feira (20), os agentes de segurança prenderam até as 11h desta sexta-feira (24) 86 pessoas e dois menores foram apreendidos. Também foi apreendida 1,5 tonelada de drogas diversas.

Além das prisões e apreensões, a operação deixou cinco pessoas mortas na segunda. Três militares também foram assassinados durante a ocupação, que de acordo com o CML, não tem prazo para terminar.

A operação de combate ao tráfico de drogas conta com 4.200 militares das Forças Armadas e 70 policiais civis, além de equipes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), BPChq (Batalhão de Polícia de Choque) e BAC (Batalhão de Ações com Cães).

Segundo o Comando, algumas vias e acessos na região poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis.


Os militares estão realizando revistas de pessoas e veículos, checagem de antecedentes criminais, cerco, estabilização dinâmica das áreas e remoção de barricadas.

Jovens presos


Cinco jovens presos durante uma operação conjunta do Exército e das polícias Civil e Militar no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, deixaram o presídio de Benfica na tarde desta quinta-feira (23). Eles conseguiram a liberdade após a Defensoria Pública do Estado obter uma liminar no plantão judiciário desta madrugada. A prisão dos jovens ocorreu na última segunda-feira (20), nas primeiras horas da ação coordenada pelas Forças de Segurança.

De acordo com a Defensoria, o pedido de habeas corpus dos jovens foi solicitado pois "eles estavam em casa e não havia no local qualquer indício de envolvimento deles com práticas criminosas".


Segundo a defensora pública Bruna Dutra, que atuou no caso, a prisão se deu com base em troca de mensagens sobre a operação, feita pelos jovens por meio de um aplicativo de celular.

Violações

Desde o início da operação, moradores das comunidades relatam violações de direitos e abusos na conduta dos militares. Segundo a página Maré Vive, moradores informaram que agentes quebraram motos e arrombaram portas de residências do complexo de favelas sem mandados de busca e apreensão.

Por causa disso, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro está percorrendo as comunidades para apurar as denúncias recebidas através da ouvidoria e reunir relatos para embasar possíveis ações judiciais, com o objetivo de garantir a integridade dos moradores.

“Todos sabemos que a segurança vive um momento crítico no Estado. Mas isso não pode servir de salvo conduto para que, em nome de um suposto restabelecimento da ordem, cidadãos sejam agredidos em suas casas, a caminho do trabalho, da escola ou enquanto brincam na rua. Não pode ser justificativa para abuso de autoridade”, afirma Rodrigo Pacheco, subdefensor-geral do Estado.

Em nota, o CML informou que "todas as denúncias devem ser registradas na Delegacia Policial da área e submetidas ao canal de ouvidoria da Intervenção Federal (ouvidoria.intervencao@cml.eb.mil.br), sempre acompanhadas de dados que permitam a devida apuração".

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