Lutador é flagrado agredindo enteado de 4 anos em Niterói (RJ)
Imagens gravadas por câmeras de segurança mostraram padastro dando tapas e sufocando o menino
Rio de Janeiro|Do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio
Um lutador foi flagrado por câmeras de segurança agredindo o enteado de quatro anos nas dependências do edifício onde moravam em Niterói, na região metropolitana do Rio.
No vídeo, o homem aparece sufocando a criança no elevador e dando tapas no menino na entrada do prédio.
As imagens registradas em fevereiro deste ano foram vistas pelo síndico do condomínio, que denunciou o caso à polícia e à mãe da criança.
Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral RJ, a mãe disse ter afastado o filho do convívio do padrasto e pediu ajuda para que as autoridades tomem medidas contra o ex-companheiro.
"Fiquei indignada com as imagens que eu vi. Ele não era aquela pessoas na minha frente. Procurei todo auxílio possível pelo meu filho. Ele está sendo amado e bem assistido. Mas a Justiça precisa ser feita porque ele [o agressor] não pode ficar impune", disse a mãe.
A mulher contou, ainda, que tentou sair de casa com a filha fruto da união do casal, mas não conseguiu. Ela relatou ter sido vítima de privação de liberdade e violência física, psicológica e sexual.
"Ele me agrediu diversas vezes porque ele não aceitava que ele falasse que ia embora com a minha filha. Ele abusou sexualmente de mim. Isso decorreu de outra gravidez e, por diversas agressões, eu perdi. Fui internada, com hemorragia, pela mãe dele e uma amiga dela, que é uma enfermeira de São Gonçalo. Fiquei sem comunicação, sem celular, sendo vigiada para não contar para ninguém o que eu estava passando. E a minha filha com ele, sem que ninguém da minha família soubesse", revelou.
Há cinco meses, a vítima fugiu da residência somente com a roupa do corpo e, desde então, está sem ver a filha. No entanto, a mulher acionou o Conselho Tutelar e entrou com o pedido de guarda da criança.
Investigação
A Polícia Civil disse que a 77ª DP (Icaraí) instaurou inquérito e investiga o caso de agressão contra a criança. "A delegacia analisa as imagens registradas da agressão, que não haviam sido entregues oficialmente à época do fato, e realiza demais diligências para esclarecimento dos fatos", informou em nota.
Outra investigação, que apura o crime de violência psicológica, está em fase final de conclusão na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Niterói.