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"Matou a gente por dentro", diz avó paterna de Henry Borel

Família não tem dúvida de que houve muitas agressões no dia da morte. Leniel diz que raio X pedido por Jairo foi premeditado

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Fernanda Macedo, da Record TV Rio

Avó e pai de Henry Borel não têm dúvida sobre agressões que menino sofreu
Avó e pai de Henry Borel não têm dúvida sobre agressões que menino sofreu Avó e pai de Henry Borel não têm dúvida sobre agressões que menino sofreu

Nesta quarta-feira (1º), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ouve o perito legista que assinou o laudo de necropsia de Henry Borel, além de um assistente técnico indicado pela defesa de Jairo Santos Souza Júnior, acusado de ter matado a criança. Em entrevista antes do depoimento, Noeme Camargo, avó paterna da vítima, contou que todos os dias desde 8 de março de 2021 têm sido difíceis. 

"Com toda a certeza, ele [Henry Borel] foi vítima de agressão. [...] Morreu meu neto e matou a gente também por dentro... Acabou com meu filho [Leniel Borel], acabou com toda a família", afirmou Noeme. Para ela, é visível que o menino, na ocasião com 4 anos, já estava morto no elevador.

O pai de Henry, Leniel Borel, reafirmou que Jairo e Monique Medeiros mentiram ao dizer que o menino ainda estava respirando no caminho, já que o horário da morte foi entre 0h30 e 1h30 e o casal só saiu do apartamento por volta das 3h daquele dia. "Tiraram total possibilidade do meu filho sair vivo aqui hoje", afirmou. 

Imagens do elevador do prédio onde Jairo e Monique moravam mostram Henry Borel desacordado naquela madrugada
Imagens do elevador do prédio onde Jairo e Monique moravam mostram Henry Borel desacordado naquela madrugada Imagens do elevador do prédio onde Jairo e Monique moravam mostram Henry Borel desacordado naquela madrugada

Às 4h09 de 8 de março de 2021, Jairinho tentou fazer respiração boca a boca em Henry, além de verificar o pulso da criança, desacordada. Para a polícia, naquele momento a vítima já estava morta — o médico que atendeu o menino disse que o procedimento correto seria encaminhar o corpo ao Instituto Médico-Legal, já que a criança havia chegado em parada cardiorrespiratória, enrijecida. 

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O laudo de necropsia da criança mostra que havia 23 lesões no corpo e que a causa da morte foi laceração hepática, com hemorragia interna causada por ação contundente. "A defesa [de Jairo] se uniu para falar sobre lesões totalmente independentes. Claro, um galo na cabeça sozinho é muito diferente de uma laceração hepática, mas o conjunto todo mostra que o Henry foi muito agredido naquela noite", destacou Leniel. 

Ainda segundo relato do engenheiro, Jairo pediu um raio X dos pulmões de Henry Borel no hospital, quando o menino já estava morto. "Não é comum... Foi premeditado", disse Leniel. Esse exame deve ser apresentado na audiência de hoje pela defesa do investigado.

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O coronel Jairo de Souza Santos, pai do ex-vereador Jairinho, afirmou que o corpo do menino Henry Borel não tinha lesões, como apontou a autópsia. "Cheguei ao hospital, coloquei a mão no coração do Henry e comecei a orar. Nesse momento, vi que o corpo do menino não tinha machucados no rosto nem na parte da frente.”

Jairinho iria prestar depoimento no dia 9 de fevereiro juntamente com a mãe do menino, Monique Medeiros, que também é ré pelo homicídio triplamente qualificado de Henry. No entanto, o ex-vereador se recusou a responder ao interrogatório e solicitou que fossem apresentados o confronto dos peritos, as imagens das câmeras de segurança do hospital e do IML bem como os exames realizados pela criança.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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