Megaoperação nos complexos da Penha e Alemão deixa um morador morto e dois feridos no Rio de Janeiro
Carlos André Vasconcelos da Silva, jardineiro de 35 anos, foi atingido e morreu a caminho da estação de BRT durante confronto
Rio de Janeiro|Do R7

Uma megaoperação no Complexo da Penha, zona norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (24), resultou na morte de Carlos André Vasconcelos da Silva, um jardineiro de 35 anos. Ele foi atingido por um tiro de fuzil enquanto se dirigia para a estação do BRT Penha Dois, no meio de um intenso tiroteio. Havia marca do tiro na mochila do trabalhador, que foi atingido nas costas e caiu no chão, sem conseguir escapar do fogo cruzado.
Carlos era casado e pai de dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 5. A sogra de Carlos, Sônia, revelou que estava saindo de casa quando se deparou com o corpo no chão, sem saber que era do genro.
A operação contou com mais de 500 policiais civis e militares. E visa combater os roubos de carros e cargas, tráfico de drogas e o crime organizado no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão.
O trabalho ocorre no mesmo dia em que Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos líderes do Comando Vermelho, completa 55 anos. Doca é responsável por orquestrar invasões nas comunidades antes controladas pela milícia na zona oeste, e a Polícia Militar tenta capturá-lo.
A perícia chegou cinco horas após o ocorrido, e a família de Carlos se reuniu com amigos e vizinhos para protestar contra mais uma morte em decorrência da violência no Rio.
O corpo de Carlos André foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), enquanto sua família lamenta o que consideram mais uma falha do poder público.
Um policial militar também foi baleado durante a operação e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O estado de Diogo Marinho Rodrigues Jordão, era gravíssimo. Um morador do Complexo do Alemão também foi ferido.