A Polícia Civil prendeu em flagrante, na sexta-feira (2), um casal pela tortura e morte de uma menina de seis anos no Lins, zona norte do Rio de Janeiro. Os suspeitos do crime são o pai e a madrasta de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus. As autoridades tomaram conhecimento do caso após a criança dar entrada no Hospital Naval Marcílio Dias, na mesma região. Os médicos da unidade acionaram os PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Lins por desconfiarem que a menina havia sido vítima de maus-tratos.Polícia apreende 162 facas em diferentes pontos do Rio De acordo com as investigações da Divisão de Homicídios, a vítima era constantemente amarrada e chicoteada. Os peritos constataram diversas lesões pelo corpo da vítima que, inclusive, estava sem parte da orelha. A polícia informou que o pai confessou o crime. Em depoimento, ele disse que deixava a criança amarrada para que ela não tivesse acesso aos outros filhos do casal. O homem alegou que as agressões eram pra corrigir um suposto comportamento sexual alterado da vítima, que ja havia sido, segundo ele, estuprada. Ainda segundo os agentes, o suspeito também tirou a filha da escola para ocultar o crime. Já a madrasta, apesar de negar os fatos, foi presa por ter se omitido às agressões. Em entrevista à Record TV, a mãe da menina, Fernanda Cristina Ribeiro Tavares, disse que o pai conseguiu a guarda sob a alegação de que a filha sofria abusos do ex-marido dela, apesar de a acusação não ter sido comprovada. "Fui ao Conselho Tutelar, fiz queixa, tudo que eu podia fazer ao meu alcance, mas ninguém me ajudou. Agora está aí a prova, minha filha tá morta".