A dona da clínica de estética Rainha das Plásticas, Wania Tavares, foi indiciada por falsidade ideológica após dar informações falsas no registro de desaparecimento da filha, Patrícia Granjeão, nesta quinta-feira (7).
"Não sei porque ela fez isso", disse Patrícia
Reprodução/Record TV RioO delegado Cristiano do Vale Maia, titular da 20ª DP (Vila Isabel), informou que Patrícia foi localizada na casa de uma amiga pelos policiais da delegacia e levada para ser ouvida pelos agentes.
A jovem contou à polícia que entrou em contato com a mãe, por volta das 9h, após ver a repercussão do caso.
A mulher de 26 anos ficou assustada e surpresa com a situação e disse não saber o que motivou a mãe a comunicar o suposto sumiço à polícia.
Ainda segundo o delegado, Wania, também conhecida como 'Rainha das Plásticas', já sabia do paradeiro da filha quando prestou esclarecimentos aos investigadores, por volta das 13h, e deu entrevistas à imprensa.
“Ela acionou a imprensa e utilizou a mídia de forma enganosa e maliciosa. Fez com que a 20ª DP utilizasse o efetivo da Polícia Civil com tanta criminalidade acontecendo. Obviamente, em um primeiro momento, a gente não pode se negar a isso. É um desaparecimento, isso é prioridade. Mas ela sabia que isso não tinha acontecido e, de forma dolosa, permaneceu com essa atitude absurda", declarou Cristiano Maia.
Outro ponto que chamou a atenção do delegado foi que, quando ouvida, Wania demonstrou menos preocupação com a filha e mais com o fechamento da clínica. O estabelecimento está interditado desde julho do ano passado após a morte da cantora Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida.
"Eu sou pai, então, se porventura acontece algo com a minha filha, eu vou ficar desesperado e não vou me preocupar com mais nada. E ela o tempo todo focava em outro assunto. Isso ligou um sinal de alerta", disse o delegado.
Cristiano Maia informou que a pena para o crime de falsidade ideológica é de até cinco anos de prisão, e que a filha de Wania, Patrícia Granjeão, pode ser novamente chamada à delegacia para novos esclarecimentos.
Morte de MC Atrevida
A 'Rainha das Plásticas' já havia sido indiciada em dezembro pela morte da cantora, após uma hidrolipo. Wania e o médico Wilson Jara, responsável pela cirurgia, vão responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Em entrevista exclusiva à Record TV Rio em agosto de 2020, Wania declarou que a clínica não tinha irregularidades e que o médico que operou MC Atrevida era habilitado para realizar o procedimento. No entanto, segundo a polícia, Wilson Jara só tinha registro ativo em ginecologia no Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro).
De acordo com o delegado Cristiano Maia, a clínica vai continuar fechada enquanto o caso estiver sendo investigado.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira