Viúva de agente da Core fez post um mês antes da morte: ‘Será o último dia que vejo meu marido?’
José Antônio Lourenço foi baleado na manhã de segunda-feira (19) após ser atingido por um tiro no rosto
Rio de Janeiro|Do R7

Em uma homenagem ao agente da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) José Antônio Lourenço, a viúva escreveu sobre o receio de perder o marido cerca de um mês antes do assassinato.
No texto, Marcelle Persant citou os riscos da profissão e o medo de o companheiro não retornar do trabalho.
“É um misto de sentimentos: ‘Será que esse é o último dia que vejo o meu marido?’, ‘O trabalho da polícia é tão necessário, por que tanto ódio?’, ‘Arrebenta aí, amor! Estou em oração por vocês’, ‘Meu amor, vale a pena trabalhar por essa sociedade? Vale a pena defender pessoas que nem aprovam o seu trabalho?’”, desabafou.
Lourenço morreu na manhã dessa segunda-feira (19) após ser atingido por um tiro no rosto durante uma operação na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A ação tinha como alvo uma fábrica de gelo suspeita de vender gelo contaminado nas praias cariocas.
O agente foi socorrido por colegas de farda para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.
O corpo foi enterrado na tarde desta terça-feira (20) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Polícia permanece na comunidade
A Polícia Civil enviou reforços à comunidade após o ataque. Houve troca de tiros, e a linha Amarela foi interditada por, ao menos, duas vezes.
Durante a tarde de segunda (19), agentes fizeram uma incursão na Gardênia Azul, vizinha à Cidade de Deus. As duas localidades são dominadas pelo Comando Vermelho.
Segundo o governador do Rio, Cláudio Castro, a polícia vai permanecer na comunidade até que os assassinos sejam encontrados. O caso é investigado pela DHC (Delegacia de Homicídios da Capital).
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp