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Advogada de Suzane tenta barrar publicação, e autor troca de editora

Editora Contexto desistiu da publicação por "conjuntura do mercado editorial". Livro de Ulisses Campbell será lançado pela Matrix em janeiro

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7

Suzane não quer obra publicada
Suzane não quer obra publicada

O livro sobre Suzane von Richthofen do jornalista Ulisses Campbell tem uma nova editora e lançamento previsto para janeiro de 2020. Após a advogada de Suzane, Jaqueline Beatriz Domingues, tentar barrar na Justiça a publicação da obra, a editora Contexto decidiu por não lançar o livro. O motivo alegado em nota, no entanto, foi a "conjuntura do mercado editorial".

Campbell afirmou ao R7 que, em comum acordo, foi assinado o distrato do contrato. Isso porque, segundo ele, a editora Contexto não queria mais incluir fotos de Suzane no livro, com receio das ações judiciais já movidas por ela.

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Mas, no início do mês, o Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu um pedido de liminar feito pela defesa de Suzane, garantindo o lançamento do livro-reportagem escrito em forma de romance policial. 


A advogada que representa Suzane afirmou que ela não tem interesse na publicação e que nunca foi ouvida pelo jornalista, por isso "há fatos não verídicos na obra". A defesa entrou com novo recurso para tentar mais uma vez impedir a publicação do livro.

A obra agora teve o título alterado de "Suzane- Crime e Punição" para "Suzane- Assassina e Manipuladora". De acordo com o autor, o conteúdo do livro, que tem cerca de 300 páginas, não foi modificado. Um dos colaboradores da obra foi o ex-cunhado de Suzane, Cristian Cravinhos, que concedeu 8 entrevistas ao jornalista. Já o ex-namorado dela, Daniel Cravinhos, também não quis falar sobre o assunto.


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A Matrix Editora, que já tem tradição em lançamentos polêmicos, decidiu publicar o livro e vai assinar o contrato com o autor na próxima segunda-feira (18). O dono da editora, Paulo Tadeu, explicou que "o livro tem um longo trabalho de pesquisa, boa narrativa apesar de ser um fato pesado e pela maneira como Ulisses investigou a vida dela atrás das grades". 


Paulo Tadeu destacou também que não teme as ações na Justiça por considerar "infrutíferas por já existir jurisprudência no assunto".

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O crime

Suzane foi condenada por matar os pais Manfred e Marísia von Richthofen em outubro de 2002, ao lado dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. O casal foi morto a pauladas enquanto dormia. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão porque foi considerada mentora do crime e desde 2015 está no regime semiaberto.

Daniel Cravinhos foi condenado a 39 anos de prisão pelos homicídios, mas já cumpre pena no regime aberto. Cristian estava na mesma situação, mas foi preso novamente e condenado a 4 anos de prisão por posse ilegal de munição e suborno de policiais após se envolver em uma confusão num bar em Sorocaba, no interior paulista.

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