Os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) registraram crescimento nas últimas três semanas, de acordo com boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (4).
A alta é considerada moderada pelo estudo, que aponta ainda um sinal de queda nos casos no longo prazo, ou seja, em relação às últimas seis semanas.
O número de óbitos por SRAG, no entanto, continua em queda.
Dados por estado
Três estados apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 30 (25 a 31 de julho): Acre, Mato Grosso do Sul e Pará. Entre os demais, nove indicam queda na tendência de longo prazo.
No Ceará há sinal forte de crescimento na tendência de curto prazo, porém com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo.
Em outros 11 estados, a tendência é de estabilidade tanto no longo, quanto no curto prazo: Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, e Rondônia.
Transmissão comunitária
Todos os estados apresentam ao menos uma macrorregião de saúde com nível de transmissão comunitária alto ou superior, exceto Roraima.
O boletim destaca a necessidade de manutenção de medidas de controle de transmissão. "Por mais que os sinais de tendência sejam, em sua maioria, positivos, com poucos estados indicando sinais de crescimento, os valores semanais ainda são elevados", diz o estudo.
Dados por capitais
O estudo aponta sinal de crescimento na tendência de longo prazo em seis capitais: Belém (PA), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), e Rio Branco (AC).
Em 11 capitais, o sinais é de queda na tendência de longo prazo. No entanto, a tendência no curto prazo é de crescimento moderado em Maceió (AL), São Paulo (SP), e Teresina (PI).
Outras nove capitais têm sinal de estabilização tanto no longo quando no curto prazo, o que indica interrupção da tendência de queda ou a manutenção de um platô de transmissão. As nove capitais são Belo Horizonte (MG), plano piloto de Brasília e arredores (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), e Vitória (ES).
O estudo alerta que o quadro manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares elevados, com risco de agravamento nas próximas semanas caso não sejam adotadas medidas de prevenção.