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Fraturas no dedinho como a de Neymar são comuns em torções

Localização do quinto metatarso faz com que fratura do osso seja comum em entorses do tornozelo; cicatrização é ruim por baixa vascularização da região

Saúde|Giovanna Borielo, do R7*

Neymar não fará nova cirurgia para recuperação de fratura no pé
Neymar não fará nova cirurgia para recuperação de fratura no pé

Fraturas como a de Neymar, no quinto metatarso, osso da base do dedinho do pé, têm alta associação à torções no tornozelo, afirma o ortopedista Alexandre Leme, da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé).

Segundo o médico, quando há um entorse do tornozelo, o pé vira para dentro, batendo a base desse osso no chão e, conforme a intensidade desse choque, ele quebra.

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Na última segunda-feira (28) o jornal francês "Le Parisien" afirmou que Neymar teve uma nova fratura no quinto metatarso, o mesmo operado pelo jogador em março de 2018. Em nota, o time francês Paris Saint-Germain, em conjunto ao ortopedista da seleção, Rodrigo Lasmar, optaram por um tratamento conservador ao atleta, descartando uma nova cirurgia.


De acordo com o médico do esporte Adriano Almeida, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), essa fratura também pode ocorrer por estresse (repetição de movimento e sobrecarga do osso) ou por um traumatismo.

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Leme afirma que a consolidação desse osso é um pouco mais complicada devido a sua localização, que apresenta uma vascularização ruim. O ortopedista afirma que, por se tratar de um osso que já foi agredido anteriormente, a cicatrização se torna um pouco mais difícil que a primeira.

Embora o tratamento escolhido seja o repouso, acompanhado por fisioterapia, mesmo que o jogador fosse submetido a uma nova cirurgia, a expectativa é de que sua recuperação exija ainda mais cuidado.


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Segundo o comunicado do PSG, é esperado que Neymar fique afastado durante 10 semanas para que o local seja recuperado. 

O ortopedista explica que o protocolo de fisioterapia para reabilitação do osso e do pé é progressivo, desde a imobilização, até a carga corporal, mobilidade e fortalecimento de músculos e tendões. O ritmo dessa progressão é determinado pelo modo como o paciente se sente mediante ao avanço dos exercícios recomendados.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Ingrid Alfaya

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