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Qualquer grau de obesidade é risco para covid-19 grave, sugere estudo

Pesquisadores italianos concluíram que índice de massa corpórea acima de 30 está associado a mais complicações e até mesmo morte

Saúde|Fernando Mellis, do R7

Pesquisadores analisaram grupo de 500 pessoas internadas na Itália
Pesquisadores analisaram grupo de 500 pessoas internadas na Itália Pesquisadores analisaram grupo de 500 pessoas internadas na Itália

Um estudo conduzido por pesquisadores italianos reforça que a obesidade é um fator de risco para que pessoas desenvolvam quadros graves de covid-19. Entretanto, acrescenta que qualquer grau de sobrepeso pode ser prejudicial para quem é infectado pelo novo coronavírus. 

As conclusões foram publicadas nesta quarta-feira (15) no Jornal Europeu de Endocrinologia.

O grupo analisou 500 pacientes hospitalizados com covid-19 na região de Bolonha e constatou algo um pouco diferente das diretrizes que vinham sendo utilizadas por algumas entidades médicas.

Eles concluíram que um IMC (índice de massa corpórea) acima de 30 — obesidade 2 — já é suficiente para aumentar as chances de complicações causadas pela doença e também de morte.

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No Reino Unido, por exemplo, as diretrizes atuais para identificar pessoas com maior risco no Reino Unido são definidas com um IMC de 40 — obesidade 3.

"Nosso estudo mostrou que qualquer grau de obesidade está associado à doença grave de covid-19 e sugere que pessoas com obesidade leve também devem ser identificadas como uma população em risco", afirmou o médico Matteo Rottoli, um dos autores do artigo.

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Cientistas de todo o mundo tentam entender a relação do IMC elevado e casos graves de covid-19.

A causa ainda precisa de mais respostas. Mas nesta semana, um estudo brasileiro, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), indicou que células adiposas — que armazenam gorduda — podem ser, além de infectadas, servir como reservatório para o SARS-CoV-2, coronavírus causador da doença.

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Outros fatores ligados à obesidade, como resposta imunológica prejudicada para infecções virais, alterações da função pulmonar e quadros inflamatórios crônicos, também aparecem no estudo italiano como potenciais desencadeadores de um agravamento da covid-19.

"Nossa hipótese é que os resultados da infecção pelo SARS-CoV-2 dependem do perfil metabólico dos pacientes e que a obesidade, entrelaçada com diabetes e síndrome metabólica, também esteja envolvida", acrescentou Rottoli.

Um levantamento da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado no ano passado, mostrou que 22,1% da população brasileira era obesa em 2016.

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