Museu Nacional era símbolo da arquitetura no Rio de Janeiro
Prédio tinha mais de 13 mil m² de área construída no Paço de São Cristóvão e era tombado pelo Iphan desde 1938
Tecnologia e Ciência|Do R7
![A casa abrigou a família real brasileira durante a monarquia](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/2HGK7O52OJMLZA34MYTP2QIG3A.jpg?auth=97660a4945eb0b441fa69be540829995eb531a0fd29cf8c85a4a6f48e0be569e&width=660&height=360)
O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro na noite deste domingo (2) queimou não só o mais antigo centro de ciência do país, mas também um símbolo arquitetônico com 200 anos de história. O prédio tinha mais de 13 mil m² de área construída no Paço de São Cristóvão e era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938.
Antes de ser museu, o edifício foi a casa da família real brasileira durante a monarquia. O projeto arquitetônico é atribuído ao arquiteto gaúcho Manuel Araújo Porto-Alegre e a última reforma, realizada em 2009, restaurou a cor amarela da fachada, característica do período imperial.
Militares cercam Museu Nacional para evitar possíveis roubos
Em nota oficial, o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) classificou a tragédia como uma "irreparável" perda.
"Frente à perda do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, o IAB conclama a sociedade e as instituições preocupadas com a preservação da nossa cultura e da nossa memória a exigir da Presidência da República e do Congresso Nacional a imediata criação de um fundo permanente, gerido pelo IPHAN e pelo IBRAM, que garanta a manutenção dos museus nacionais e a preservação do nosso patrimônio cultural, independentemente dos interesses políticos de cada momento", reivindicou o presidente do instituto, Nivaldo Vieira, que assina o texto.
Verba aplicada no Museu Nacional em 2018 equivale a 15 minutos de gastos do Congresso