Operadora de telecom do Canadá retirará seus anúncios do Facebook e Instagram

Decisão foi tomada após aprovação de lei que obriga big techs a pagar aos veículos de notícias pelo seu conteúdo

05/07/2023 - 17h46 (Atualizado em 15/02/2024 - 21h04)

A Quebecor anunciou nesta quarta-feira (05) que retirará seus anúncios do Facebook e do Instagram, após a decisão da Meta de bloquear o acesso a notícias nas plataformas no Canadá devido a uma lei que exige pagamentos aos veículos de notícias locais.

A "Lei de Notícias Online", ou projeto de lei C-18 da Câmara dos Comuns do Canadá, apresentada em abril do ano passado, estabelece regras para obrigar empresas como a Meta e o Google, da Alphabet, a negociar acordos comerciais e pagar aos veículos de notícias pelo seu conteúdo.

O Google e a Meta disseram anteriormente que bloqueariam o acesso a artigos de notícias no Canadá caso a legislação fosse aprovada.

A Quebecor, operadora de telecomunicações que também é dona de veículos de mídia e jornais, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre quanto gasta com anúncios no Facebook e no Instagram.

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A Meta também não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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A Cogeco, que possui e opera estações de rádio no Quebec, também anunicou nesta quarta-feira que decidiu retirar seus investimentos em publicidade da Meta.

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A indústria de mídia do Canadá tem pedido uma regulamentação mais rigorosa das gigantes da internet para permitir que as empresas de notícias possam recuperar as perdas financeiras sofridas nos anos em que o Facebook e o Google ganharam uma fatia maior do mercado de publicidade online.

LEIA ABAIXO: Risco de espionagem: saiba quais países proibiram a instalação do TikTok em dispositivos do governo

O TikTok está na mira de governos em vários continentes.Seguindo os Estados Unidos, políticos de vários países emitiram alertas contra o app, e em alguns casos proibiram a instalação dele em dispositivos oficiais. Nos EUA, tramita uma lei que pode banir o TikTok completamente do país, algo sem precedentes

A ByteDance, empresa matriz do TikTok, está sob rigorosa vigilância nos países ocidentais

No início de março, em uma série de depoimentos no Congresso, oficiais de inteligência afirmaram que o TikTok é um risco para os Estados Unidos. No dia 7, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que o programa pode ser usado para conduzir narrativas e dividir a população do país

No dia seguinte, foi a vez de o diretor da NSA (Agência de Segurança Nacional) demonstrar preocupação similar com o TikTok. Segundo Paul Nakasone, o algoritmo do programa pode ser usado para facilitar grandes operações de influência

Outras nações seguiram as preocupações do governo norte-americano. O Reino Unido é a principal delas. Em 2021, a ByteDance foi processada por coletar ilegalmente dados de crianças britânicas. Na mesma onda dos norte-americanos, o Reino Unido recentemente proibiu a presença do app em seus dispositivos oficiais

Em 27 de fevereiro, o Canadá seguiu o exemplo e anunciou que vai proibir funcionários federais de usar o app, por considerar o risco de segurança "inaceitável".

"Após uma análise do TikTok, o diretor de Sistemas de Informação do Canadá determinou que representa um nível inaceitável de risco à privacidade e segurança", disse Mona Fortier, presidente do Conselho do Tesouro do Canadá

No dia 17, a Nova Zelândia fez o mesmo, mas restringiu o banimento aos aparelhos do Parlamento do país. Anteriormente, outros departamentos (a exemplo do Ministério das Relações Exteriores e forças militares) já haviam tomado medidas semelhantes

Na terça-feira (21), a Itália abriu uma investigação contra o app, por permitir a divulgação de "conteúdos perigosos que incentivam o suicídio, a automutilação e o desenvolvimento de distúrbios alimentares". A medida não é uma proibição, mas um sinal de que banimentos futuros podem ocorrer

Policiais financeiros do país chegaram a inspecionar a sede local da ByteDance

Também no dia 21, a Holanda emitiu uma recomendação para que funcionários do país não utilizem o programa em smartphones oficiais. O motivo é o mesmo: risco crescente de espionagem por potências estrangeiras

"O governo central deve ser capaz de fazer seu trabalho com total segurança, também por meio de seus dispositivos móveis", disse Alexandra van Huffelen, secretária de Estado holandesa

O TikTok está na mira de governos em vários continentes.Seguindo os Estados Unidos, políticos de vários países emitiram alertas contra o app, e em alguns casos proibiram a instalação dele em dispositivos oficiais. Nos EUA, tramita uma lei que pode bani...