TikTok tenta acalmar europeus sobre privacidade de dados de seus usuários
Governos de diversos países passaram a classificar o aplicativo como uma ameaça de segurança por causa de coleta de dados
Tecnologia e Ciência|Do R7
A empresa TikTok iniciou um grande esforço para acalmar as preocupações das instituições e líderes da União Europeia (UE) sobre a segurança e integridade dos dados de seus usuários.
A empresa anunciou que já havia começado a trabalhar com uma empresa de segurança europeia para supervisionar e verificar como os dados dos usuários da UE são tratados.
A partir de 2023, as informações coletadas serão armazenadas em centros na Irlanda e na Noruega.
O TikTok afirmou que esse projeto também reduziria o acesso de seus próprios empregados às informações dos usuários.
O vice-presidente de políticas públicas do TikTok para a Europa, Theo Bertram, evitou identificar a companhia associada, durante uma chamada de vídeo. Entretanto, ele informou que o projeto tem um custo de 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6,5 bilhões). A cooperação começou há seis meses, acrescentou.
O aplicativo já possui um acordo parecido nos Estados Unidos com um gigante do mundo digital, para manter os dados dos usuários americanos no país.
"Da mesma forma que fizemos [...] nos Estados Unidos, criaremos um ambiente seguro em torno desses dados para impedir o acesso de fora da região", disse Bertram sobre os clientes europeus.
Como parte da tentativa de acalmar as preocupações, o consultor jurídico do TikTok, Erich Andersen, iniciou uma série de visitas a várias capitais europeias.
Andersen já conversou com legisladores em Bruxelas e Londres. Segundo Bertram, ele planeja contatos com autoridades de Paris e Haia.
As principais instituições da UE orientaram seus funcionários na semana passada a remover o TikTok de todos os smartphones e dispositivos profissionais, após dúvidas sobre quem possuía acesso aos dados dos usuários.
Legisladores dos Estados Unidos estão pressionando por um projeto de lei que facilitaria a proibição do aplicativo. O país também determinou a exclusão da rede social em todos os dispositivos de trabalho.
Enquanto isso, a Agência Nacional de Segurança Cibernética e da Informação da República Tcheca expressou preocupação com o fato da ByteDance, empresa matriz do TikTok, "estar sob a jurisdição legal da República Popular da China".
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O órgão detalhou que "está preocupado com a potencial ameaça que decorre do uso do TikTok para a segurança, devido à quantidade de dados de usuários coletados pelo aplicativo e à forma como são processados".
O TikTok admitiu em novembro que alguns funcionários da China conseguiam acessar os dados dos usuários europeus.
A companhia garante, no entanto, agir para se adequar às rígidas regras de operação para os gigantes digitais na área da UE.
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