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R7 Brasília

Câmara homenageia vítimas de tragédia em Brumadinho nesta quarta

Cerimônia ocorre no mesmo dia em que a Justiça começa a analisar um pedido de habeas corpus do ex-presidente da Vale

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Barragem 1 se rompeu em 25 de janeiro de 2019
Barragem 1 se rompeu em 25 de janeiro de 2019 Reprodução | RECORD

A Câmara dos Deputados homenageia nesta quarta-feira (6) os mortos em decorrência do rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A cerimônia ocorre no mesmo dia em que a Justiça Federal começa a analisar um pedido de habeas corpus feito pelo ex-presidente da mineradora Fábio Schvartsman. Ele quer ser excluído da lista de réus que estão sendo acusados pelos crimes de homicídio e poluição.

O pedido de homenagem na Câmara dos Deputados foi feito pelo deputado federal Pedro Aihara (PRD-MG). Na justificativa, o parlamentar afirma que a sessão solene não será apenas "um momento de reflexão, mas também um compromisso renovado com a luta por justiça".

A busca por responsabilidade e prestação de contas por parte dos envolvidos é essencial para garantir que tragédias como essa não se repitam.

(Pedro Aihara (PRD-MG), deputado federal que fez o pedido de homenagem)

Desastre em janeiro de 2019

O desastre ocorreu em 25 de janeiro de 2019, quando a barragem 1 da mina Córrego do Feijão se rompeu, resultando na liberação de uma grande quantidade de lama e resíduos tóxicos que atingiram residências, estradas, pontes e contaminaram o rio Paraopeba, causando danos à vegetação e animais do local.

Até o momento, 267 pessoas foram identificadas e três continuam desaparecidas. Desde a data do colapso, quase 6 mil bombeiros atuaram na operação, que se tornou o maior trabalho de busca e resgate do Brasil e uma referência internacional no desenvolvimento de novas técnicas nesse tipo de trabalho.


Cinco anos após a tragédia, três pessoas seguem desaparecidas
Cinco anos após a tragédia, três pessoas seguem desaparecidas Arte / R7

Durante esse tempo, os trabalhos foram interrompidos apenas duas vezes: devido à pandemia de Covid-19 e pelas fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Belo Horizonte no final de 2021 e início de 2022.

Em janeiro de 2023, a ministra Rosa Weber, na época presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou que a Justiça Federal continuasse a examinar a ação penal que envolvia os acusados pelo desastre ambiental.

Essa decisão de federalizar o julgamento foi tomada devido ao risco de prescrição dos crimes ambientais, uma vez que o caso ainda não havia sido analisado pela Justiça de Minas Gerais.

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