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Daniel Noboa diz que violência no Equador afeta todos os países: 'Queremos parar a guerra'

Na sexta (12), governo brasileiro ofereceu equipamentos e treinamento para o combate à violência no Equador 

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Daniel Noboa, presidente do Equador
Daniel Noboa, presidente do Equador Rodrigo Buendia/AFP

O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta sexta-feira (12) que a violência no Equador afeta todo o mundo. Nos últimos dias, o governo declarou "estado de conflito armado interno" devido à crise de segurança enfrentada pelo país. Até o momento, ao menos dez pessoas foram mortas. "É motivador ver que a comunidade internacional está prestando atenção ao que está acontecendo aqui, porque isso afeta todo o mundo", afirmou Noboa em um vídeo publicado nas redes sociais.

"Os narcoterroristas que operam no Equador atuam também na Europa e nos Estados Unidos. Penso que devemos solucionar o problema desde a raiz, e a raiz do problema está aqui", completou.

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Noboa também disse que os equatorianos estão preocupados com a violência no país. "Já recebemos 500 ameaças, mas não podemos parar. Devemos ganhar esta guerra contra o terrorismo", completou.

Na sexta (12), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, ofereceu ajuda ao Equador na área de inteligência, com treinamento em investigações, tecnologia para rastreio e apreensão de bens e recursos financeiros das organizações criminosas e equipamentos para a identificação de presidiários.


A onda de violência no Equador começou após a fuga do chefe da maior facção criminosa local da cadeia. Líder do grupo Los Choneros, José Adolfo Macias desapareceu da prisão onde estava detido. Apelidado de Fito, ele foi condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio.

Durante a onda de violência, uma emissora de televisão local foi invadida por homens armados, que fizeram os funcionários reféns. Além disso, o dono de uma churrascaria no país, o brasileiro Thiago Allan Freitas, foi sequestrado e criminosos pedem US$ 3.000 para liberá-lo. O comércio na capital Quito e em Guayaquil fechou as portas e as aulas nas escolas foram suspensas em todo o país.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil afirmou que acompanha "com preocupação" a violência no Equador. A pasta disse ainda que "condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados e manifesta solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques".

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