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Lira decide colocar projeto de lei das Fake News em votação na noite desta terça-feira

A sessão vai começar às 18h, e os deputados poderão votar a distância; não há consenso sobre a aprovação do texto

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Sessão de votação começa às 18h desta terça-feira
Sessão de votação começa às 18h desta terça-feira Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), marcou para as 18h desta terça-feira (2) a votação do projeto de lei das Fake News. A sessão será semipresencial — ou seja, os deputados poderão votar a distância. Não há consenso sobre a aprovação do texto.

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Apesar da falta de acordo, a maioria dos líderes partidários se manifestou favorável à votação da proposta ainda nesta terça. O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), alegou que o texto foi discutido durante três anos e que é hora de pôr o assunto em deliberação. Segundo Guimarães, a votação deve ser apertada, mas o governo tem chances de aprovar o projeto.


"A maioria dos líderes entende que, independentemente da quantidade de votos, o texto tem de ser votado. Depois de tanto trabalho, depois do trabalho que o relator teve, não vamos nos acovardar", afirmou.

Em linhas gerais, o PL 2.630/2020, que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, tem o objetivo de dar um primeiro passo para a regulamentação das redes sociais e dos buscadores de internet. O texto prevê regras de uso, gestão e punição em caso de divulgação de fake news.


Opositores da proposta têm afirmado que o relatório do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) é "abrangente" e "confuso". Isso porque o texto trata, além da regulação das redes sociais, de direitos autorais e da remuneração do conteúdo jornalístico.

Para o relator, ainda deve haver conversas ao longo da tarde para que sejam ouvidas as sugestões sobre o texto.


Ofensiva das big techs

No último fim de semana, big techs como Google iniciaram uma ofensiva contra o projeto. Parlamentares denunciaram as plataformas por promover a retirada de conteúdos que defendem o projeto e o patrocínio de informações contra a medida. Isso porque o PL propõe uma regulamentação para as chamadas big techs, o que prevê que as companhias paguem por conteúdos jornalísticos que publicarem, como já ocorre, por exemplo, na Austrália.

Silva chamou a movimentação das big techs de "sórdida e desesperada". Além da barreira com as plataformas, o governo enfrenta uma oposição que ultrapassa os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os deputados consideram a proposta uma forma de promover a censura e sustentam esse viés para se posicionar contra o projeto de lei.

Outro ponto que ameaça a aprovação do projeto é o impasse com a bancada evangélica, que questiona algumas mudanças do texto. O próprio Republicanos, que colaborou com a aprovação do regime de urgência, já se posicionou contra a aprovação da matéria. "Tem de ter uma regulamentação, mas não essa que está sendo proposta", justificou o presidente do partido, o deputado federal Marcos Pereira (SP).

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