Ministro Padilha afirma que nova regra fiscal vai abrir espaço para investimento no país
Padilha e Haddad estão na residência oficial da Câmara junto com lideranças partidárias para detalhar pontos da nova proposta
Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a proposta da nova regra fiscal que será apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (29), já foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As novas diretrizes vão substituir o teto de gastos, norma que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior.
"Essa proposta que chega hoje é o texto final, discutido e aprovado pelo presidente [Lula], que será apresentado ao Congresso e que, a partir de agora, esperamos que seja discutido e aprovado o mais rápido possível. É uma proposta que combina responsabilidade fiscal e social, com regras estáveis e mais previsibilidade para investimentos no país", afirmou Padilha.
Haddad e Padilha chegaram à residência oficial da Câmara dos Deputados no fim da tarde desta quarta-feira para apresentar o texto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e, logo na sequência, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Entenda o arcabouço
A discussão sobre a necessidade de construir uma nova regra fiscal para o país foi levantada ainda antes da posse do presidente Lula, com a apresentação da PEC do estouro.
A PEC inicial protocolada no Congresso pelo governo de transição tirava da regra do teto de gastos todo o valor do Bolsa Família, calculado em R$ 175 bilhões.
Depois de sofrer resistência no Senado e na Câmara, o texto foi modificado e flexibilizou em R$ 145 bilhões o teto de gastos; no entanto, apenas para este ano. Um dos acordos para a aprovação da PEC era a apresentação de um novo arcabouço fiscal, com regras específicas para o teto de gastos, ainda em 2023.