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Mourão diz não ver condição de mudança na política de preço da Petrobras

O vice-presidente da República também falou, na manhã desta segunda (4), sobre inflação e redução no preço dos combustíveis

Brasília|Victória Olímpio, do R7, em Brasília


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse não ser possível uma mudança na política de preços da Petrobras. Em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira (4), Mourão explicou que as alterações não são viáveis devido às importações de combustível.

"Acho extremamente complicado. Acho que não há condições de fazer isso por uma razão muito simples: nós importamos combustível. E se alguém vai importar combustível por um preço X e vender aqui a Y, que é menor que X, não tem como, essa conta não para em pé", justificou Mourão.

A política de preços que a empresa adota para definir o valor de comercialização dos combustíveis no Brasil, a chamada PPI (política de paridade internacional), faz com que o preço da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a do dólar.


O presidente Jair Bolsonaro critica a política e já declarou publicamente que gostaria de uma revisão desse mecanismo. A PPI, inclusive, foi um dos motivos que mais contribuíram para a queda dos ex-presidentes da estatal, como Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna. Empossado recentemente, José Mauro Coelho defendeu a política.


Questionado sobre a redução no preço dos combustíveis ser reflexo da redução do imposto federal, Mourão explicou o posicionamento de governadores na decisão e afirmou que a arrecadação segue alta: "Vários governadores de imediato tomaram as providências no sentido da redução no ICMS, de acordo com o que tinha sido aprovado pelo Congresso. Outros buscaram recorrer, mas também já diminuíram. Como o preço do combustível está lá em cima, acho que a arrecadação não está caindo, muito pelo contrário, todo mundo está arrecadando mais", destacou o vice.

Retomada impulsiona inflação de serviços e coloca BC em alerta

Sobre a inflação, Mourão falou sobre a expectativa de queda nos índices: "Se espera uma redução. O próprio presidente do Banco Central já disse que vai começar a arrefecer e óbvio que a questão do preço do combustível é um dos indicadores. Também houve redução do ICMS em energia, que é outro item que tem uma influência muito grande na inflação. Acho que teremos dias um pouco melhores".

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