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Ataque a escola no Paquistão deixa mais de 130 crianças mortas

Grupo do Taleban paquistanês assumiu a autoria do atentado

Internacional|Do R7

No ataque, morreram 132 crianças, nove professores e os sete talebans responsáveis pelo ataque
No ataque, morreram 132 crianças, nove professores e os sete talebans responsáveis pelo ataque No ataque, morreram 132 crianças, nove professores e os sete talebans responsáveis pelo ataque

O Paquistão viveu uma das piores ações terroristas da história do país no dia 16 de dezembro, quando homens do Taleban entraram em uma escola administrada por militares, feriram dezenas de pessoas e mataram quase 150.

Entre as vítimas, 132 eram crianças e nove eram professores.

O ataque começou quando sete talebans vestidos com uniformes do Exército entraram pelos fundos do colégio, localizado na cidade de Peshawar, antes do meio-dia (horário local, 6h de Brasília), equipados com várias armas e coletes com explosivos.

Os talebans entraram no local lançando bombas e disparando classe por classe. Autoridades declararam que eles não tinham intenção de fazer reféns, apenas de conseguir atingir o maior número possível de vítimas.

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Muitos dos alunos conseguiram sair correndo da escola e relataram cenas de horror. Um menino de apenas dez anos contou que viu dois colegas de classe serem atingidos e mortos, enquanto ele corria, entre tiros, para escapar.

Outra testemunha disse que um dos homens-bomba se explodiu dentro de uma sala onde havia cerca de 60 alunos.

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“Eles queimaram um professor na frente dos alunos em sala de aula", declarou outra fonte à rede NBC.

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Malala diz estar "de coração partido" com ataque a escola no Paquistão

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O principal grupo taleban paquistanês, o TTP (Tehrik-e-Taliban Pakistan), reivindicou a autoria do ataque e alegou que, "para o Exército", suas famílias "são alvos" nas operações militares contra os insurgentes nas regiões tribais do Waziristão do Norte e de Khyber.

"Queremos que sintam nossa dor", disse o grupo em comunicado, no qual acrescentou que entre seus membros que participaram do ataque estavam "suicidas" com "ordens de atirar nos estudantes mais velhos, mas não nas crianças", como reproduziram jornais paquistaneses.

O ataque só foi encerrado por volta das 18h20 (horário local, 11h20 de Brasília), quando os militares conseguiram matar todos os talebans.

Nove militares foram feridos na operação.

O ataque à escola foi uma resposta do grupo extremista a uma campanha conduzida pelo Exército contra insurgentes em áreas tribais.

Desde junho, os militares paquistaneses realizam operações nas regiões do Waziristão e de Kyhber com contínuos bombardeios e operações terrestres que, de acordo com fontes oficiais, causaram mais de 1.100 mortes.

O Taleban paquistanês luta para derrubar o governo e estabelecer um rígido regime islâmico, mas o grupo é mais forte no Afeganistão.

Com origem nas tribos que viveram na fronteira entre esses dois países, os talebans estiveram no governo afegão durante cinco anos (1996-2001), quando houve a invasão norte-americana ao país.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, afirmou que o ataque é uma "crise nacional" e que os culpados não serão perdoados.

Além de decretar três dias de luto em todo o país, ele convocou uma reunião amanhã em Peshawar com todos os partidos representados no Parlamento.

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