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Colombianos vão às urnas para segundo turno acirrado da eleição presidencial

Últimas pesquisas apontavam para empate técnico entre atual presidente e opositor

Internacional|

Óscar Iván Zuluaga e Juan Manuel Santos disputam a presidência este domingo
Óscar Iván Zuluaga e Juan Manuel Santos disputam a presidência este domingo Óscar Iván Zuluaga e Juan Manuel Santos disputam a presidência este domingo

Mais de 30 milhões de colombianos devem comparecer neste domingo (15) às urnas para escolher entre a reeleição do presidente Juan Manuel Santos ou a vitória do candidato de direita Óscar Iván Zuluaga, em um embate disputado e crucial para pacificar o país.

A votação terá início às 8h (horário local, 10h de Brasília) com a abertura dos locais de votação, os cidadãos deverão decidir entre a oferta de paz de Santos — cujo governo promove negociações com as duas principais guerrilhas do país — ou a posição mais dura de Zuluaga, que pretende impor mais condições aos rebeldes para se dispor ao diálogo.

Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), venceu o primeiro turno no dia 25 de maio com 29,3% dos votos, contra 25,7% de Santos, em uma eleição em que a abstenção — de quase 60% — também foi protagonista.

"O tema da paz continuou sendo central nesta fase da campanha, principalmente após o anúncio de Santos sobre as negociações com o ELN", explica o cientista político Felipe Botero, recordando que nesta semana o governo informou sobre as negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), além das negociações que avançam desde novembro de 2012 em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

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O foco na paz, entretanto, não parece ter sido definido com clareza para os eleitores, motivo pelo qual Botero, professor da Universidade de Los Andes, aponta "um resultado muito incerto", embora com uma abstenção menor do que no primeiro turno, considerando que esta é "a eleição definitiva" e que as máquinas serão ativadas.

As últimas pesquisas apontavam para um empate técnico entre os concorrentes. Por isso, as alianças firmadas por cada um dos candidatos no primeiro turno — Zuluaga com a conservadora Marta Lucía Ramírez e Santos com a esquerdista Clara López e o independente Enrique Peñalosa — podem ser determinantes.

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O voto na Colômbia não é obrigatório e os mais de 32 milhões de colombianos registrados poderão comparecer às urnas entre 8h e 16h do horário local (10h às 18h de Brasília).

Outros 560 mil colombianos inscritos para votar no exterior já vêm exercendo esse direito desde a segunda-feira (9) passada em 1.890 locais disponíveis em 64 países.

Na Colômbia — cuja seleção se classificou para a Copa do Mundo após 16 anos de ausência no Mundial e estreia neste sábado contra a Grécia — o ambiente é mais futebolístico que eleitoral. Ao invés da propaganda dos candidatos, o que se vê nas ruas são, sobretudo, bolas e cartazes alusivos ao Mundial.

Durante a votação, garantir a segurança será responsabilidade de 246 mil militares e polícias que trabalharão em um processo eleitoral que as autoridades qualificaram desde o primeiro turno como "o mais seguro na história recente da Colômbia".

"Estas continuam sendo as eleições mais seguras dos últimos 20 anos", disse esta semana o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.

As Farc, principal guerrilha do país com cerca de 8.000 combatentes, declararam um cessar-fogo unilateral durante o segundo turno, assim como haviam feito no primeiro turno.

Já o ELN não se comprometeu com o cessar-fogo — como fez no primeiro turno —, mas garantiu que respeitaria o desenvolvimento da jornada eleitoral.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) vai monitorar a votação com uma missão de 74 observadores, que estarão presentes em 24 dos 32 departamentos do país.

A Unasul também contará com 37 observadores, 24 deles estarão na Colômbia enquanto os 13 restantes acompanharão as votações no exterior.

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