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Em meio a risco de explosão, equipes seguem buscando sobreviventes em fábrica no Texas

Usina de fertilizantes não era inspecionada pelas autoridades estaduais desde 2006

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Conjunto de apartamentos ficou destruído com a explosão
Conjunto de apartamentos ficou destruído com a explosão Conjunto de apartamentos ficou destruído com a explosão

Sob chuva, equipes de resgate buscavam na noite de quinta-feira (18) sobreviventes em meio aos escombros de casas destruídas após a explosão de uma fábrica de fertilizantes cheia de tanques com produtos químicos perigosos no Estado norte-americano do Texas. Segundo autoridades, ainda existe risco de novas explosões.

O número de mortos no incidente na localidade de West foi estimado por enquanto entre 5 e 15 pessoas, mas o sargento William Patrick Swanton, da polícia da vizinha Waco, disse que a cifra ainda deve mudar à medida que os especialistas percorrem cada casa das ruas calcinadas pela explosão ocorrida na noite de quarta-feira (17).

A fábrica de fertilizantes tinha tanques com produtos altamente inflamáveis, mas as causas do incêndio e subsequente explosão não foram esclarecidas. As autoridades dizem não haver indícios de sabotagem. Cerca de 160 pessoas ficaram feridas.

Na tarde de quinta, o xerife Matt Cawthon, do condado McLennan, disse que as condições no local do acidente estavam "muito voláteis" devido à presença de amônia no ar, indicando que ainda existe risco de novos incidentes.

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Três ou quatro bombeiros voluntários continuam desaparecidos, disse Swanton em entrevista coletiva concedida em um galpão de leilão de gado, com vacas deitadas atrás dele.

De acordo com o Centro de Controle de Doenças, amônia anidra e água produzem uma nuvem venenosa. A mistura de amônia com o ar forma uma mistura explosiva, e contêineres podem explodir quando aquecidos, de acordo com o instituto.

A fábrica de West é um dos milhares de locais no interior dos Estados Unidos que armazenam e vendem materiais perigosos, como fertilizantes e produtos químicos de uso agrícola, e muitos deles ficam próximos a residências e escolas.

A usina não era inspecionada pelas autoridades estaduais desde 2006, quando uma queixa sobre cheiro de amônia foi resolvida, segundo o diretor-executivo da Comissão de Qualidade Ambiental do Texas, Zak Covar. Ele disse que essas inspeções só ocorrem quando há queixas.

Naquela época, a Agência de Proteção Ambiental do governo federal impôs multa de R$ 4.600 à empresa por não implementar um plano de gestão de risco.

O local do acidente pertence a Donald Adair, de 83 anos, e tem menos de dez empregados. O dono da fábrica não foi localizado para comentar o caso.

Comoção

A explosão no Texas, na noite de quarta-feira, ocorreu em meio ao clima de comoção nos Estados Unidos por conta de um ataque a bomba que deixou três mortos na Maratona de Boston, na segunda-feira (15), e pela informação de que o presidente Barack Obama e um senador haviam recebido cartas contaminadas com o veneno letal ricina.

O incidente também ocorre dois dias antes do 20º aniversário do incêndio em Waco que consumiu um conjunto ocupado por seguidores da seita Ramo Davidiano após um cerco por agentes federais, com um saldo de 82 seguidores e quatro agentes federais mortos.

Segundo o Departamento de Segurança Pública do Texas, metade da cidade de West foi evacuada por medo de que ocorressem mais explosões ou um vazamento de gás tóxico.

Um porta-voz da polícia disse que foram registrados episódios de saques de mercadorias na região da explosão. Um pronto-socorro improvisado para atender aos feridos foi instalado no estádio de uma escola na região.

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