Fala de Sergei Lavrov repercutiu mal entre israelense e toda a comunidade judaica
Divulgação via REUTERSO gabinete do primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, afirmou nesta quinta-feria (5) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desculpou-se com o premiê por declarações do chanceler russo Sergei Lavrov, que disse que Adolf Hitler tinha "sangue judeu".
"O primeiro-ministro aceitou as desculpas do presidente Putin pelos comentários de Lavrov e agradeceu por esclarecer sua posição sobre o povo judeu e a memória do Holocausto", disse o comunicado israelense.
Lavrov teceu tal comentário quando questionado por um jornalista sobre as intenções da Rússia na Ucrânia. O profissional da imprensa pertungou sobre a "deznaficação" do território ucraniano, apersar do presidente do país, Volodmir Zelenski, ser judeu.
Em resposta, o chanceler russo declarou que Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista, grande responsável pelo Holacausto, "tinha sangue judeu".
Imediatamente a fala de Lavrov repercurtiu mal entre israelenses e a comunidade judaica. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, criticou a fala do chanceler da Rússia.
"Os comentários do ministro Lavrov são escandalosos, imperdoáveis e um horrível erro histórico", afirmou Lapid, antes de anunciar a convocação do embaixador da Rússia em Israel para prestar esclarecimentos sobre o comentário.
O chanceler russo, por sua vez, retrucou na última terça-feira (3) dizendo que os iraelenses estão ajudando o "regime neonazista de Kiev". "Prestamos atenção nas declarações anti-históricas do ministro das Relações Exteriores (israelense), Yair Lapid, que explicam amplamente a decisão do atual governo de apoiar o regime neonazista de Kiev."
Na última quarta-feira (4), a porta-voz de Lavrov, Maria Zakharova, afirmou que mercenários israelenses estão na Ucrânia ajudando o Batalhão de Azov — grupo paramilitar de extrema-direita ligado ao governo de Zelenski.