Pelo menos 83 pessoas foram detidas nos protestos que explodiram ontem em Nova York, depois que um grande júri decidiu não acusar formalmente um policial pela morte de um homem negro, informaram nesta quinta-feira (4) fontes oficiais.
Ao informar das detenções nos protestos, o chefe da polícia de Nova York, Bill Bratton, disse, no entanto, ao canal de televisão Fox que não houve feridos, "nem vandalismo, nem atos de violência significativos".
Os protestos explodiram em múltiplos locais da cidade depois do anúncio da decisão de um grande júri do bairro de Staten Island que beneficiou o policial Daniel Pantaleo.
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O agente é apontado como responsável da morte do vendedor ambulante Eric Garner, um afro-americano de 43 anos e asmático, que no dia 17 de julho morreu por asfixia depois que Pantaleo lhe aplicou uma chave não autorizada no pescoço quando quis detê-lo por venda ilegal de cigarros.
A princípio, com esta decisão se esgota a via judicial penal em Nova York, mas as autoridades federais anunciaram ontem mesmo que estão realizando sua própria investigação por suposta violação dos direitos civis da vítima.
Na entrevista à Fox, Bratton disse que a polícia tinha atuado de acordo com diretrizes anteriores para abrir espaço aos manifestantes que foram às ruas ontem e também para evitar "detenções em massa".
Com relação ao agente policial, Bratton declarou que existe uma investigação interna que determinará seu futuro e que ficou em suspenso enquanto se realizavam as diligências da causa penal, à margem das próprias atuações das autoridades federais. Para esta noite estão convocados novos protestos na cidade, convocados por diferentes grupos.
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