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Obama e Merkel discutem possível resolução para crise na Ucrânia

Pela proposta, Rússia teria de mandar tropas na Crimeia de volta para suas bases

Internacional|Do R7

Tropas russas já ocuparam duas bases na Crimeia
Tropas russas já ocuparam duas bases na Crimeia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, na terça-feira (4) sobre uma possível resolução para a crise provocada pela intervenção russa na região ucraniana da Crimeia, informou uma autoridade do governo norte-americano.

Pela proposta, a Rússia teria que mandar suas tropas na Crimeia de volta para suas bases na região, limitar o número de soldados russos ao máximo de 11 mil e permitir que monitores internacionais visitem a região para garantir que os direitos humanos de cidadãos de etnia russa sejam protegidos, segundo a autoridade.

A chamada rampa de saída da crise permitiria discussões diretas entre os russos e o novo governo da Ucrânia, possivelmente sob alguma mediação internacional. A eleição prevista para maio na Ucrânia permaneceria na agenda.

Obama deixou claro para Merkel que ele não vai comparecer à reunião de cúpula do G8 marcada para junho em Sochi, na Rússia, se a situação na Ucrânia permanecer a mesma, de acordo com a autoridade. Encontros preparatórios para a reunião já foram suspensos.


Um comunicado da Casa Branca sobre o telefone de Obama e Merkel informou que os dois líderes demonstraram séria preocupação com a "clara violação da soberania e da integridade territorial da Ucrânia" pela Rússia.

Os dois "concordaram sobre a importância de amenizar a situação, incluindo por meio do envio de observadores internacionais e de monitores dos direitos humanos, e de iniciar conversas diretas entre a Rússia e a Ucrânia", disse a Casa Branca.


O presidente russo, Vladimir Putin, nega que as Forças Armadas do país estejam envolvidas diretamente na tomada da Crimeia, mas disse que ele tem o direito de enviar forças militares para proteger os cidadãos russos que se sentem ameaçados pelo novo governo ucraniano, após a deposição do presidente pró-Moscou Viktor Yanukovych.

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