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Satélite tailandês localiza 300 objetos em zona de busca do voo MH-370

Buscas foram interrompidas pela segunda vez na semana devido ao mau tempo

Internacional|Do R7

Familiares continuam a esperar respostas sobre o que aconteceu ao voo da Malaysia Airlines
Familiares continuam a esperar respostas sobre o que aconteceu ao voo da Malaysia Airlines

Um satélite tailandês localizou quase 300 objetos em uma área do oceano Índico na qual é procurado o voo MH-370, concretamente a 2.700 km de Perth, na Austrália, anunciou uma agência pública tailandesa.

"Um satélite tailandês descobriu quase 300 objetos, com tamanho que oscila entre dois e 15 m, flutuando no sul do oceano Índico, a 2.700 km de Perth", declarou Anond Snidvongs, diretor-executivo da agência pública GISTDA.

— Mas não podemos confirmar, não nos atrevemos a confirmar que são destroços do avião.

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As imagens via satélite são de terça-feira (25), mas só foram analisadas na quarta-feira (26), segundo a agência. As informações foram transmitidas ao governo da Malásia.


Os objetos estão espalhados em uma zona de centenas de quilômetros quadrados, 2.700 km ao sudoeste de Perth, a 200 km da zona localizada por um satélite francês de Airbus, segundo a agência tailandesa.

Uma tempestade provocou nesta quinta-feira (27) a interrupção, pela segunda vez na semana, das operações de busca no oceano Índico dos destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que teriam sido detectados em grandes quantidades por satélites.


Cada dia é crucial para a possibilidade de recuperar as caixas-pretas do voo MH-370, desaparecido há quase três semanas, mas as tempestades e fortes rajadas de vento provocaram o retorno dos aviões de reconhecimento e obrigaram os navios a abandonar a região de busca, informou a Amsa (Autoridade Australiana de Segurança Marítima), que coordena as operações de busca.

"Todos os aviões retornaram a Perth [cidade da costa oeste australiana] e os navios deixaram a zona de busca", destacou a Amsa.

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O sul do oceano Índico é considerado uma área isolada, onde o tráfego marítimo é pouco denso e não é fácil encontrar objetos "contaminantes" como em outros mares.

Seis aviões militares disponibilizados por Estados Unidos, Japão e Austrália pretendiam realizar voos de reconhecimento nesta quinta-feira, assim como outras cinco aeronaves civis, segundo a Amsa.

O Boeing 777 desviou da rota prevista uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur e prosseguiu com o voo por milhares de quilômetros em direção ao sul, antes de cair no mar, provavelmente por falta de combustível.

Cinco navios também participam nas tarefas.

A missão é um verdadeiro desafio no meio do "deserto marinho", temido pelos navegantes mais experientes, no meio do caminho entre o extremo sudoeste australiano e a Antártica.

A investigação sobre o desaparecimento do MH-370 pode levar anos, mas as primeiras ações contra a Malaysia Airlines e a Boeing já foram anunciadas nos Estados Unidos.

O escritório de advocacia americano Ribbeck Law, que tem sede em Chicago, apresentou uma ação em um tribunal do Estado em nome de um advogado indonésio, Januari Siregar. O filho do demandante, Firman, de 25 anos, estava a bordo da aeronave.

Analistas não apostam em uma teoria definitiva, mas os advogados americanos acreditam que um princípio de incêndio ou uma inesperada despressurização da cabine deixou os pilotos inconscientes e o Boeing virou um "avião fantasma".

A Boeing e a Malaysia Airlines são juridicamente "responsáveis pela catástrofe", afirmaram os advogados, que pretendem solicitar "milhões de dólares" para os demandantes, que acusam a Malásia, a empresa construtora e a companhia aérea de opacidade e incompetência.

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