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Turquia vive longa noite de confrontos entre manifestantes e polícia e mais de 40 ficam feridos

De acordo com imprensa local, esta foi a pior noite de conflitos em duas semanas

Internacional|

Manifestantes usam máscaras para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia turca
Manifestantes usam máscaras para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia turca Manifestantes usam máscaras para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia turca

Os confrontos entre polícia e manifestantes depois da evacuação do simbólico parque Gezi de Istambul continuaram por toda a noite deste sábado (15) e madrugada deste domingo (16) em mais de dez cidades da Turquia. A maioria dos conflitos terminou ao amanhecer, mas a capital ainda registrou conflitos pela manhã.

Os manifestantes enfrentaram a polícia turca em Istambul depois que os agentes antidistúrbios desalojaram de forma violenta os "indignados" da Praça Taksim e de Gezi. Os acampados no parque símbolo dos protestos turcos fugiram do recinto perante a contundente intervenção policial, mas mais tarde alguns se reagruparam para levantar barricadas e acender fogueiras em ruas próximas.

O governador de Istambul, Hüseyin Avni Mutlu, informou em comunicado que 44 pessoas ficam feridas, mas nenhum com gravidade. Em pouco tempo, a notícia do desalojamento se estendeu por todo o país e se produziram protestos, panelaços e confrontos nas principais cidades, especialmente virulentas na capital, Ancara, onde dezenas de milhares de pessoas pediram a renúncia do Governo.

A imprensa local falaram que foi uma das piores noites de violência desde que os protestos antigovernamentais começaram há mais de duas semanas no país. Milhares de pessoas de diversos bairros de Istambul saíram durante a madrugada às ruas para tentar chegar à praça de Taksim, isolada pela Polícia.

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Manifestantes enfrentam novamente a polícia

Depois da 24h (horário local), os choques com a polícia começaram a se generalizar em vários distritos da cidade, e no bairro de Siraselviler, próximo a Taksim, barricadas oram erguidas. Milhares de cidadãos da parte asiática de Istambul cruzaram com a luz do dia a ponte do Bósforo para se dirigir a Taksim, depois dos agentes ter impedido os manifestantes durante longas horas.

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A polícia desdobrou uma grande operação ao redor de Taksim e mantém isolada a região sem permitir que ninguém se aproxime. Unidades da gendarmaria turca, um corpo policial militarizado, começaram também a ser vistas em partes de Istambul, uma novidade em relação aos dias passados.

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Os representantes do movimento de protesto de Taksim acusaram o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, de "achatar seu próprio povo para satisfazer suas ambições autoritárias". "Condenamos a violência contra as mulheres, as crianças e os idosos que estavam no parque", denunciaram em comunicado.

Este grupo denunciou que a entrada policial deixou muitos feridos e detidos, e criticaram que o ataque não seja justificado porque aconteceu justamente quando quem ocupava o parque debatia se abandonava ou não o protesto.

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