A família de uma mulher grávida de nove meses acusa a Santa Casa de Belo Horizonte de negligência. Gabriele Lohayne Clemente, de 20 anos, passou por exames na última segunda-feira (13), na unidade de saúde e foi orientada a retornar nesta sexta-feira (17). No entanto, a gestantes esperou cerca de duas horas por atendimento e, quando passou pela consulta, foi informada de que seu filho havia morrido ainda na barriga.
Inconformado, o marido dela, Adenílson de Castro, conta que a mulher já estava com 40 semanas de gestação e foi mandada para casa sob a alegação de que ela ainda não estava em trabalho de parto. A sogra da jovem, Fátima Francisca Nonato, ficou indignada com a situação, já que o hospital se recusou a submeter a mulher a uma cesariana para retirar o bebê.
— Minha nora está lá deitada na cama com o neném morto dentro da barriga e simplesmente eles falaram que nem médico tem, que vão dar um remédio para induzir o parto normal.
Fátima acredita ainda que a demora no atendimento tenha causado a morte da criança.
— Se eles tivessem atendido ela a hora que ela chegou aqui, sete horas da manhã, o meu neto estava aqui, eu não estava vendo ele num caixão não.
Por meio de nota, a diretoria do hospital informou que, quando foi atendida no último dia 13, Gabriele não estava em trabalho de parto, mas apresentava exames normais. Ela foi orientada a retornar e os médicos constataram ausência de batimentos cardíacos do bebê. Ainda conforme a unidade de saúde, ela está sendo atendida por uma equipe multidisciplinar.